sábado, dezembro 09, 2006

Plataforma "Não Obrigada" na rua


A recolha de assinaturas da Plataforma "Não Obrigada" está a decorrer até 29 de Dezembro

“Os cidadãos eleitores abaixo-assinados pronunciam-se pelo NÃO à proposta de despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher nas primeiras dez semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado. Assim, desejam intervir na campanha para o referendo, constituindo-se para o efeito em “grupo de cidadãos eleitores”, nos termos da lei orgânica do referendo”.

Os impressos do abaixo-assinado podem ser descarregados aqui.

2 comentários:

Anónimo disse...

Ingenuamente (?) desonesto. E ridículo...
A sondagem dos homens grávidos Fernanda Cânciofernanda.m.cancio@dn.pt

Se estivesse grávido e atravessasse um momento de dificuldade ou dúvida sobre a gravidez, quereria abortar ou ajuda para levar a gestação a termo? A pergunta só pode ser retórica: toda a gente sabe que um homem grávido só pode querer dar à luz. Estão a ver o furor planetário, a chuva de talk shows, donativos e parangonas, a fama instantânea? Quem é que no seu juízo perfeito optaria pelo aborto? Isto sem esquecer, é claro, a alegria da, como chamar-lhe, pater-maternidade? Claro que, todos sabemos, isto não pode ser, pelo menos por enquanto. Quer dizer: todos, não. Há sempre gente que resiste, há sempre gente que diz não. São, precisamente, as pessoas portuguesas da Plataforma do Não, que se apresentaram esta semana com uma sondagem de três singelas perguntas, qualquer delas, assim como as opções de resposta, um prodígio de manipulação. A primeira pergunta é a já citada, sendo que a ficha técnica da sondagem (ver em www.nao--obrigada.org/sondagem) especifica que o universo de respondentes consistiu "nos residentes portugueses com 18 ou mais anos". Incluindo homens, portanto, que foram ques- tionados sobre o que fariam se estivessem "grávida". Parece a brincar, mas não é. As pessoas que encomendaram esta sondagem estão muito a sério. E felizes com o facto de entre três possíveis respostas - "Ser encaminhada para uma clínica onde lhe fizessem o aborto de imediato e sem risco para a saúde"; "Que o aborto fosse livre para poder abortar sem ser crime" ou "Ser ajudada e apoiada a manter a gravidez e poder manter o bebé" - a maioria, 75,6%, ter escolhido a última. A pergunta não é, note-se, sobre "não querer a gravidez". É sobre "dúvidas". Não fala em prazos. Não fala sobre perseguição penal ou sobre o que deve acontecer às mulheres que abortam. Nenhuma das perguntas o faz. Nenhuma incide sobre o que está em causa no referendo de 11 de Fevereiro: despenalizar a interrupção da gravidez até às dez semanas. Talvez não deva surpreender que haja quem encomende uma sondagem assim. Mas que um centro de sondagens que se apresenta como de referência - o da Universidade Católica - aceite fazê-la e a assine é um pouco chocante. Talvez se deva então assinalar um novo tipo de centros de sondagem. Os "de tendência".
posted by Julio Machado Vaz at 7:00 PM
http://murcon.blogspot.com/

Vítor Ramalho disse...

Ela pode pensar o que quiser.
As sondagens para mim pouco ou nada dizem.
Até posso compreender uma mulher que em estado de desespero recorra ao aborto.
No entanto pessoas como essa tipa e outros que pertencem ao lobby do aborto, não passam de meros assassinos.