domingo, maio 07, 2006

CONTRA FACTOS.....

Sindicato liga aumento dos crimes à imigração

"O aumento da criminalidade em Portugal deu-se com a abertura das fronteiras." As palavras são de António Ramos, presidente do Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP), e foram proferidas em declarações ao DN no seguimento de um protesto contra a pena aplicada sexta-feira a Marcus Fernandes (de origem brasileira), condenado, em cúmulo jurídico, a 25 anos de prisão pela morte de dois agentes e pela tentativa de homicídio de um terceiro polícia.

O SPP aplaude o facto de Marcus Fernandes ter sido condenado a 23 anos por cada homicídio, mas entende que se deve pôr fim ao cúmulo jurídico e condenar os arguidos pela pena efectiva (que no caso de Fernandes foi de 60 anos).

"A pena máxima de prisão prevista na lei deve ser aumentada", defendeu António Ramos, passando de seguida a criticar o facto de Portugal não controlar a imigração: "O Governo não devia deixar entrar tanta gente. Com a abertura das fronteiras aumentaram novas formas de criminalidade e a PSP não está preparada, continua a trabalhar como se fosse há 20 anos."

Já no comunicado enviado às redacções - e também ao Ministério da Administração Interna e direcção da PSP -, sobre a condenação de Marcus Fernandes, o sindicato sustenta que Portugal "há muito que deixou de ser um país dos brandos costumes", tornando-se, "ao invês, um país multiétnico e multi-cultural, com fronteiras de livre trânsito, propício à manifestação de novos e inéditos fenómenos criminais de extrema violência".

Xenofobia? Não!
Confrontado pelo DN sobre se tal afirmação não encerrava um pensamento xenófobo, o secretário-geral do SPP, Luís Filipe Maria, negou tal interpretação e sublinhou: "Não é uma questão de xenofobia, mas antes de haver imigrantes brasileiros não havia assaltos nos semáforos." E continuou: "Quem matou os agentes na Amadora? Não foi um brasileiro? Quem matou o agente Ireneu na Cova da Moura? Não foram estrangeiros?" Luís Maria garantiu que o SPP "não é contra a imigração", mas não deixou de alertar para o facto de existirem novos "fenómenos criminais importados do estrangeiro". Os assaltos nos semáforos, disse, são um exemplo disso mesmo.

António Ramos é mais cauteloso nos comentários. Reconheceu que existe uma nova onda de criminalidade organizada trazida, sobretudo, por "imigrantes dos países do Leste" - deu o exemplo dos assaltos a bancos - e pediu a imposição de "quotas" na imigração. "Porque é que os imigrantes do Leste não ficam em França e Espanha? Porque correm com eles... e acabam por ficar por aqui", disse o presidente do SPP, que exigiu "mais meios humanos e materiais para a PSP" para fazer face à "criminalidade organizada e violenta".
FONTE

2 comentários:

Anónimo disse...

A criminalidade tem a ver com a total abertura das fronteiras mas esta não tem nada a ver com a imigração.
A total abertura das fronteiras é uma decisão da UE que permite que bandos de criminosos saltem impunes de país para país fugindo ao controle policial.
O que se pretende fazer a seguir não é, como seria evidente voltar a reforçar o controle fronteiriço, o que se pretende fazer a seguir é constituir corpos policiais europeus, mais nada.
Os casos citados, pese a sua gravidade, são casos menores cometidos por amadores, os verdadeiros profissionais assaltam, provocam um mínimo de baixas e uma ou duas horas depois já estão a salvo noutro país.
O seu a seu dono, o mau da fita nesta história é a União Europeia e não a imigração!

Vítor Ramalho disse...

Não deixa de ter alguma razão quando fala na politica de portas escancaradas.
Mas a imigração descontrolado tem de facto uma relação directa com a criminalidade, basta que consulte o site dos Serviços Prisionais para constatar que 30% dos presos são estrangeiros.