segunda-feira, junho 30, 2008
O dever é mais pesado que uma montanha a morte é mais leve que uma pena
Depois de três dias passados em Valência, num Gasshuku, regresso às lides com o espírito completamente livre, embora que com o corpo cansado e com as marcas do treino.
Fizemos a viagem de autocarro e fomos a maior delegação presente no encontro, batemos até o número dos nossos companheiros anfitriões.
Para a ida fomos devidamente acompanhados por dois leitões e da pinga aqui da zona, que ainda deram para divulgar um pouco da nossa gastronomia.
Destaco de todo o Curso, para além do treino que foi muito bom os momentos de convívio, sobretudo o jantar de gala, que terminou com os proprietários do restaurante de capote a explicar alguns passos da nobre arte do toureio. Durante o jantar tive a oportunidade de falar com dois companheiro sérvios um deles quase herói nacional devido aos títulos que conquistou com as cores do seu país. A conversa como não podia deixar de ser passou pela política. Pude aperceber-me da revolta que vai nos seus corações e combinar, se o orçamento permitir, uma viagem à Servia para treinar e constactar as atrocidades cometidas pelos americanos. Diziam-me os meus companheiros de treino que os bombardeamentos selectivos, dirigiram-se sobretudo para as áreas mais pobres para os hospitais e para as escolas. A Nova Ordem Mundial mostra bem a sua face.
Existem no mundo três espécies de homens. Os espectadores, os perdedores e os vencedores. Os primeiros encontramos aos pontapés, são aqueles que percebem de tudo, que têm opinião sobre muita coisa, mas que nunca se envolvem em nada, são talvez o maior numero. Os perdedores são aqueles que encontram sempre nos outros a explicação para os seus fracassos, eles nunca falham apenas por questões, que lhes são alheias não conseguem atingir os seus objectivos, neste grupo podemos enquadrar a esmagadora maioria dos políticos do sistema e mesmo alguns nacionaleiros que saltam entre este grupo e o anterior. Por ultimo temos os vencedores, eles podem até nunca atingir os seus objectivos, mas nunca desistem e estão sempre à procura da perfeição. Podem não conseguir alcançar a meta mas estão dispostos a morrer lutando. Estou certo que muito do povo sérvio se enquadra nesta ultima categoria e gostava de ver cada vez mais camaradas portugueses a juntarem-se a este grupo dos guerreiros.
Muitos amigos e camaradas que passam por este espaço sabem que na procura do meu caminho (em japonês DO) tenho sempre tentado evitar as auto estradas, a tarefa é muito mais difícil, pois percorrer caminhos de terra, muitas vezes desbrava-los é penoso, por vezes até doloso, mas vivo com uma certeza, no final, vou ter muito que recordar, pois a lentidão da viagem permite-me ver muito melhor a paisagem.
Vivemos tempos onde a minha filosofia de vida não se enquadra e mesmo por vezes achincalhada. Deixo-vos com um pensamento Zen que mostra o que penso sobre o assunto.
“ Quando um homem superior ouve falara de Tao ( via, caminho) faz o possível para o praticar.
Quando um homem médio houve falar de Tao, umas vezes o guarda outras vezes o perde.
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1 comentário:
Boa reflexão, Vítor!
Um abraço.
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