A Associação Portuguesa de Emergência Médica (APEM), em relatório hoje entregue no Tribunal Administrativo de Braga, e que a Lusa divulga, alerta que «qualquer encerramento de maternidades, sem uma rede eficaz de socorro, pode colocar em risco a vida de mães e filhos».
O estudo, subscrito pelo vice-presidente do organismo, Vítor Almeida, sublinha que «não basta adquirir duas dúzias de ambulâncias para resolver o problema do transporte de grávidas». E actualmente, diz, «não existe uma rede de emergência pré-hospitalar com profissionais devidamente preparados».
O documento, que está já na posse do Ministério da Saúde e dos grupos parlamentares, foi hoje entregue ao Tribunal Administrativo de Braga pelo deputado do PSD, Fernando Santos Pereira, que foi ouvido como testemunha na acção de impugnação - movida pela Câmara de Barcelos - da decisão governamental de encerramento da maternidade local.
A APEM diz ter verificado que «a maioria das ambulâncias do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) não cumpre a lei, por ausência da parte essencial do equipamento exigido».
Esta associação garante ainda que «as equipas médicas do INEM não estão habilitadas para substituir um especialista em Obstetrícia, limitando-se, no fundo, a assistir ao parto de emergência para o qual não exista outro recurso disponível».
«Qualquer situação de parto de risco, distócia, sofrimento fetal, reanimação do recém-nascido, ou outra é, sem dúvida, factor de risco acrescido que requer pessoal altamente qualificado», frisa o relatório.
1 comentário:
Amigo Vitor, só quando se prenderem os responsáveis politicos, é que começaremos a ter no governo gente competente que governe, sabendo que a sua cabeça pode ser cortada a qualquer momento! Até lá, mães e nados, terão que conviver com esta gente reles!
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