domingo, dezembro 06, 2009

Afinal quem é adepto da violência?


A polícia grega usou bastões e granadas de gás lacrimogéneo para conter actos de violência durante uma manifestação, em Atenas, convocada para lembrar a morte de um jovem pelas forças de segurança que, em 2008, gerou os piores motins no país nas últimas décadas.

Jovens encapuzados, alguns deles "anarquistas, vindos de Itália e Espanha", interromperam o desfile de cerca de 3000 manifestantes para apedrejar transeuntes, partir montras e incendiar caixotes de lixo, informaram as autoridades gregas. Nos confrontos, ficaram feridos dois civis e quatro dos 6000 agentes mobilizados para impedir uma repetição dos distúrbios do ano passado. Registaram-se também 80 detenções.

Os nacionalistas são rotulados de violentes e capazes de gerar conflitos, mas afinal são os descontraídos meninos da esquerda os que estão constantemente envolvidos em cenas de violência.

Existe benevolência para com a violência da esquerda. Esta violência é promovida por antigos e frustrados ideólogos esquerdistas, mas é levada a cabo por jovens activistas que são recrutados e actuam em áreas dominadas por uma violência de delitos que é social, financeira e territorialmente muito poderosa. Que os protestos sociais resultem em violência espontânea é algo que ocorre excepcionalmente em qualquer lugar, mas, com o cenário descrito, incentivar sistematicamente a violência de rua parece fazer as delícias do sistema.
O romantismo guerrilheiro das velhas esquerdas agora é reaccionário. O maior perigo ou o maior desejo para estes novos "combatentes" da esquerda não é morrer como heróis, mas acabar como mafiosos ou terroristas.

Seria no mínimo interessante ver o que diriam a média e o que fariam as autoridades se estes episódios de Atenas fossem protagonizados por nacionalistas.
Mas as conclusões são fáceis de prever, uma vez que basta uma nacionalista dizer que vai estar presente numa manifestação, para os efectivos e policia logo aumentarem exponencialmente.

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