terça-feira, dezembro 22, 2009
Do Presidente aos Nacionalistas | Dezembro de 2009
Ao terminar mais um ano civil, e em jeito de retrospectiva, muito haveria para referir, quer a nível nacional, quer a nível internacional, quer a nível do nosso combate político nacionalista: o PNR. Muito haveria para reflectir…
Foi um ano que começou ensombrado pela maior crise económica internacional de que há memória e da qual, os governos e os grandes detentores do poder mundial, ao invés de tirarem lições e inflectir o caminho desta globalização trituradora, limitam-se a mudar e remendar o que acham necessário, esmagando os mais fracos e gerando uma onda de desemprego assustadora, para que tudo fique na mesma, ou seja, para que os seus grandes interesses e objectivos mundialistas, ditados pelos padrões do capitalismo selvagem, permaneçam inalterados. Os Nacionalistas do nosso Portugal e os de qualquer outra Nação, pelo contrário, sabendo bem da imensa importância e necessidade que têm o mercado e o capital, sabem que estes têm que estar sob a regulação do Estado, ao serviço dos interesses da Nação, das famílias e dos trabalhadores e não para servirem interesses alheios e obscuros. Sabem que é imperioso devolver o primado à política retirando-o assim da economia, como se verifica no nosso tempo.
Os governos das Nações têm que regular os mercados para garantia do bem-estar das pessoas e progresso dos países. Tal não é possível num mercado globalizado de rédea solta. Pelo contrário, a política do proteccionismo tem que imperar, gerir as relações mercantis e optimizar a cada momento o equilíbrio possível entre as leis do mercado, as políticas internacionais e o grande objectivo de garantir ao país a maior independência possível e a dependência externa estritamente necessária. O que se passa actualmente é precisamente o contrário. E nós por cá, estamos cada vez mais à mercê dos mandos e desmandos que vêm de fora e “alegremente” vamos perdendo peso e soberania no concerto das nações.
Muito se passou no panorama internacional deste ano, e entre esses acontecimentos não posso deixar de referir a tomada de posse, também no início do ano, do Presidente dos Estados Unidos da América, Barack Hussein Obama, que gerou uma verdadeira onda internacional de histeria delirante e patológica, como se se tratasse da Parusia (segunda vinda de Cristo à terra), o que revela bem o poder das campanhas mediáticas que, ao formatarem as mentes humanas, as inibem de pensar, relacionar dados, reflectir, filtrar informação, tomar posição consciente… Antes, impõe o conveniente “pronto-a-pensar” e “pronto-a-papaguear”…
Ele mesmo, Hussein Obama, sem saber como, acaba o ano a receber uma espécie de Óscar do politicamente correcto internacional: o Nobel da Paz. Inversa e curiosamente, os donos da “paz” no mundo ditaram o enforcamento de um outro Hussein, há precisamente três anos, em nome dessa tal “paz” que foi comprada com o martírio da nação iraquiana, soberana, mas que por interesses insondáveis tinha que ser “pacificada” e aderir “voluntariamente” à democracia. Para tal não hesitaram, os senhores do mundo, em forjar provas e inventar argumentos.
Esta mania que eles têm de brincar com coisas sérias, não olhando a meios para alcançarem os seus fins sectários e obscuros, está mais uma vez patente no acontecimento internacional que marca o final deste ano: a Cimeira de Copenhaga. Ou melhor: a fraude de Copenhaga.
De novo, para alcançarem fins tenebrosos, os grandes manda-chuva mundiais, burocratas da ONU e não só, não pestanejam sequer em cometer as maiores tropelias e injustiças para levar a água ao seu moinho. E o mais grave é que são sempre estes mesmos que fazem (fabricam) a História. São eles que escrevem o que lhes convém, inventam e apagam a seu bel-prazer os factos da história, passado e presente, condicionando fatalmente o futuro. E depois proíbem (mesmo! E com perseguições) toda e qualquer cabeça pensante que ouse questionar, duvidar ou discordar dos factos forjados. Pessoalmente não acredito em quase nada do que nos é impingido e convido os Nacionalistas a que também o façam.
No que respeita ao teor desta cimeira, a questão do chamado aquecimento global, efeito de estufa e outros dogmas que tais, sempre os olhei de soslaio. Tresandam a fraude! Agora, com a cimeira, rebentou o escândalo conhecido como ClimateGate cujos fundamentos e contornos nada me espantaram: repressão de cientistas que discordam das posições que convêm, chantagens sobre publicações científicas, falsificação de dados científicos e estatísticos… Nada que não seja a prática corrente desta gente para proteger os seus sórdidos interesses que, regra geral, movem milhõe$, mas que não são seguramente os das populações, das Nações, da humanidade. Bem pelo contrário!
Assim se passa nos bastidores das grandes políticas internacionais e também nacionais. Nem tudo o que parece é. E é nossa obrigação, em nome da verdade e da evolução natural dos acontecimentos, termos uma postura de sentinelas e estarmos sempre vigilantes, pondo em causa os tabus erigidos pelo poder.
Eles fazem o querem e passam sempre (ou quase sempre) impunes! Têm os meios necessários para calar vozes incómodas, para encobrir as ilegalidades e imoralidades, para vender a banha da cobra, para impor dogmas e narcotizar o pensamento e a vontade das pessoas. Isso é também o que se passa em Portugal.
E é porque isso se passa também entre nós, com recurso às constantes e poderosas campanhas de propaganda e (des)informação, que se explica que se chegue ao fim de 2009 e o “palhaço” (o termo não é meu mas de um conhecido jornalista, e por isso não quero sequer imaginar que possa ser processado…) continue a mandar em Portugal. Que a Justiça continue a ser tudo menos isso mesmo, que o Processo Casa Pia se arraste e que afinal "não haja" pedófilos, que o Freeport acabe no esquecimento e arquivado na teia dos processos legais, que o Face Oculta rebente só depois das eleições. Que as pessoas continuem a votar nos mesmos de sempre e que são os grandes responsáveis pelo drama em que vivemos. Que muitíssimas pessoas que pensam como nós ainda continuem a ter argumentos vergonhosos, do estilo “vocês têm toda a razão e toda a minha simpatia, mas como não têm hipóteses vamos votar em tal”, e com isso entregam um voto a quem não merece… Que um candidato do PNR às Legislativas, por mero acaso de circunstância, tenha ido consultar os editais da sua Junta de Freguesia, no coração de Lisboa, e tenha verificado que na mesa de voto onde pelo menos ele, tinha assinalado a cruz na Chama, dessa mesma mesa constassem… zero votos no PNR (imagine-se isso multiplicado por milhares de mesas e tem-se uma noção das chapeladas da democracia…). Que a criminalidade seja encarada com naturalidade, como se fosse um preço a pagar por uma qualquer modernidade. Que o fosso crescente entre ricos e pobres seja cada vez mais gritante. Que todas as formas de subsídio sejam atribuídas ao imigrante invasor e que o português (e também o imigrante trabalhador) a eles não tenha acesso. Que se imponha a humilhação de um “acordo” ortográfico, subjugando a nossa língua mãe de Camões, ao pertuguêiss miscigenado do Brasil e África. Que se avance para a aprovação de aberrações, como a “educação” sexual nas escolas e os “casamentos” entre pessoas do mesmo sexo com a cumplicidade e abertura de portas de todos os partidos parlamentares.
Enfim… com o desemprego a ultrapassar os 10% e a economia e insegurança no futuro a preocuparem, e com razão, os portugueses, os nossos governantes em vez de estimularem a agricultura, pescas, indústria e comércio, preocupam-se com outras “prioridades”. Em vez de se esforçarem por recuperar soberania e independência já perdidas, preocupam-se com outras “prioridades”. Em vez de conterem e inverterem o endividamento externo, não param de o agravar, levando Portugal à falência, pois preocupam-se com outras “prioridades”.
Sim, o que importa é distrair as pessoas desviando as atenções para assuntos menores como o saga da jornalista de uma televisão privada, ou os arrufos entre Belém e São Bento ou também o roubo das corridas dos aviões do seu local habitual, revelando até neste caso uma notável falta de sensibilidade e bom senso.
É este o cenário triste do país no virar de mais um ano, onde nada se prevê que possa servir para acalentar algum optimismo (excepto para os transviados coloridos), pois com o habitual “mais do mesmo” só se pode esperar o óbvio: mais injustiça, mais deseducação, mais corrupção, mais insegurança, mais impunidade, mais desemprego, mais falências, mais desesperança…
A culpa não é só dos políticos medíocres que temos e das suas políticas suicidas e criminosas, mas também… dos portugueses que os perpetuam – activa ou passivamente - e que no fundo acabam por ter aquilo que merecem! Não se queixem esses e aguentem!
Mas como há, ainda assim, um punhado dos que não merecem tal sorte, e como uma Nação se compõe não apenas pelos presentes, mas também pelos antepassados e pelos vindouros, é grande a nossa responsabilidade neste pequeno elo que somos de uma corrente. Temos que respeitar a herança recebida e engrandecê-la para a deixar enriquecida, como legado, aos que nos sucederem.
Por isso nós, Nacionalistas, recusamo-nos a abdicar da luta e desistir!
Envoltos que estamos, nas maiores dificuldades inerentes aos partidos fora do arco do poder, e acrescidas ainda por sermos um partido estigmatizado (por sermos muito incómodos), os bons resultados eleitorais e os sucessos imediatos não se manifestaram ainda. Mas hão-de manifestar-se sim! Mas para isso, é precisa persistência e tenacidade. É preciso combate constante, sem quebrar nem vergar. É preciso afastar a tentação do imediatismo e a armadilha do desânimo.
O facto de o PNR ter consolidado uma base eleitoral e continuar a sua missão, enquanto que ao “nosso lado” muitos partidos (com muitíssimo mais meios) aparecem e desaparecem, já é uma nota sem dúvida positiva. O facto de o PNR ter sido convidado para integrar a “Aliança dos Movimentos Nacionais Europeus”, justamente por dar sinais de credibilidade e constância, é sem dúvida uma nota positiva. Mas como também há aspectos negativos, para os superar, algo tem que mudar e renovar, e não tenhamos ilusões: a falta de meios será sempre a nossa companheira de viagem. Mas não pode ser justificação para o abandono e o desânimo, pois a determinação, essa sim, tem que se impor e levar-nos longe. Custe o que custar!
Assim, mantendo sempre a fidelidade à linha ideológica Nacionalista, aos pontos firmes que nos norteiam, e com a determinação inquebrantável de combater o sistema podre que nos aniquila o presente e o futuro, temos que repensar algumas estratégias e trilhar aguns novos caminhos. Com uma certeza porém: o PNR, comigo, é e será sempre um partido Nacional, Social e Radical. Um partido de combate! Sem medo!
Com esta vontade de renovar, reforçar e repensar o futuro, teremos no princípio de 2010 a nossa IV Convenção Nacional. Dela se espera que saia uma renovada dinâmica.
Pessoalmente, mantenho a palavra dada aos Nacionalistas de não desistir da luta e nela estar empenhado até ao limite das minhas forças e capacidades e reforço, agora, aquilo que disse em 2005, quando assumi a presidência do PNR: as dificuldades e os obstáculos que terei que suportar e transpor, os conflitos que terei que gerir e as difíceis decisões que terei que tomar e que raramente agradarão a todos, os riscos que terei que correr, movido por um desmedido amor à Pátria e à justeza da causa Nacionalista, o diálogo possível com todas as facções Nacionalistas, mas sem me enfeudar a nenhuma delas nem ceder a pressões ou ameaças, fazem-me assumir o combate, convicto de que não ficaria bem com a minha consciência ao ser espectador passivo do processo de destruição de Portugal.
É com este mesmo espírito que me apresento à IV Convenção Nacional do PNR. Conto convosco!
E desejo a toda a família Nacionalista, Festas Felizes, um Bom Natal e um 2010 cheio de sucessos e realizações.
José Pinto-Coelho | 21 Dezembro 2009
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3 comentários:
Infelizmente prepara-se mais uma revisão do Código de Processo Penal e do Código Penal, a pensar nos casapianos, assim vai este país.
Valentes são os italianos que mostraram ao corrupto do PM como deve ser tratado com uma estátua de Alabastro pela cabeça abaixo!
Feliz Natal e um bom ano, para si e para toda a família , senhor Victor Ramalho.
Um grande abraço.
Luis Fernandes
É o mundo ao contrário. O ano 2010 demonstrou bem que andamos ao contrário daquilo que deviamos. Em todos os aspectos.
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