sexta-feira, abril 14, 2006

COIMBRA



Situada na margem direita do Rio Mondego, no ponto Oeste-Este, e deixando a zona montanhosa, Coimbra vai espraiar-se numa vasta planície aluvial, situada a 196 quilómetros a Norte de Lisboa e a 115 a Sul do Porto.
O nome primitivo, Aeminium, de origem celta, atesta a origem remota do burgo. Embora fosse um centro de menor projecção que a cercana Conímbriga, Coimbra teve um notável desenvolvimento na época romana, como têm revelado os diversos achados arqueológicos.
Devido à sua posição geográfica, Coimbra foi um importante entreposto comercial entre o Sul, islâmico, e o Norte, cristão, tendo-se aqui estabelecido uma forte comunidade moçárabe que, depois da reconquista definitiva da cidade, em 1064, por Fernando Magno de Leão, levou a efeito, sob égide do Conde Sesnando, a reorganização deste território.
Já no século XII, Coimbra apresentava uma estrutura urbana característica de outras cidades portuguesas localizadas em sítios alcandorados: a cidade alta, intramuros, designada por Alta ou Almedina, onde viviam os aristocratas, os clérigos e mais tarde os estudantes, e os bairros ribeirinhos, do arrabalde, a Baixa buliçosa, com uma população ligada ao comércio, ao artesanato ou mesmo à industria e aos transportes.
A história da cidade desde meados do século XVI a meados do século XX girou sempre em torno da Universidade. É apenas no século XIX que a cidade rompe definitivamente com o seu casco muralhado, crescendo pelas cumeadas e ao longo dos vales. Hoje a Universidade já não tem o relevo de outrora na via económica da cidade, que, para além do comércio e serviços, pretende assumir um papel de relevo no panorama industrial da Região.

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