domingo, outubro 15, 2006

Salário mínimo abaixo da lei



A injustiça social a não repartição da riqueza ganha terreno no nosso país. Enquanto vemos as grandes empresas a aumentarem os lucros de uma forma astronómica, verificamos que os mais desfavorecidos são cada vez mais prejudicados, tudo isto em nome da crise que os políticos do sistema criaram.
Temos de dizer basta, temos de lutar e a luta faz-se na rua.
É preciso que o povo, os trabalhadores soltem as amarras que os ligam aos sindicatos que estão invadidos por politiqueiros e partidos do sistema.
O sindicalismo deve levar a uma forma de poder directo e dispor do seu próprio órgão de representação política — a Federação Nacional do Trabalho.
Actualmente, os politiqueiros utilizam o sindicalismo para os seus próprios fins, os quais não têm relação com os interesses materiais dos sindicalizados. Os chefes sindicais recorrem muitas vezes à greve, com fins exclusivamente políticos, sem nenhuma implicação social.
O papel dos sindicados do sistema é dar ideia que existe contestação, nada mais errado, eles não passam de correias de transmissão da doutrina vigente, são as “aspirinas” do sistema tiram momentaneamente a dor mas não combatem a causa.
Um direito corresponde uma capacidade. Um homem que não está disposto a bater-se pelo seu bem-estar não pode esperar conservá-lo. O mesmo acontece com as nações. Um direito adquire-se, um direito mantém-se. Desapareça a capacidade que permitiu conquistar esse direito ou de fazê-lo respeitar e ele perder-se-á imediatamente.
O direito, objectarão alguns, no entanto existe — há tribunais, leis. Sem dúvida; mas este direito verdadeiro, formal, não é mais do que a força em actuação. Que os fortes mudem, e surgirão novas leis favoráveis aos recém -chegados. Tirem-lhe a força e não é mais do que uma especulação intelectual.
Os trabalhadores conquistaram os seus direitos por forças como a greve e a insurreição; conservam estes direitos apenas na medida em que se mostram capazes de, se necessário, a eles recorrer de novo.
Esta concepção do direito relacionado com uma capacidade era outrora encarada de forma sã. Assim, em certas pequenas repúblicas, só os homens que possuíam armas e eram capazes de as trazer eram considerados cidadãos. Os fracos, os cobardes, não participavam nos votos nem no governo. Era uma visão sã e lógica dos problemas.

1 comentário:

Nuno Adão disse...

Excelente amigo Vitor, há sindicatos a mais, tudo para distrair o trabalhador...que já por si anda muito distraido!

Cumprimentos