sexta-feira, dezembro 08, 2006

Segurança - Burla de seis milhões


O trabalho extraordinário de 90 por cento dos 35 mil elementos de segurança privada em Portugal é pago “através de expedientes”, o que permite às empresas reduzir custos lesar o Estado em “mais de seis milhões de euros anuais” entre fugas ao Fisco e à Segurança Social – garante ao CM Vasco Lucena, secretário-geral da Associação de Empresas de Segurança (AES).
O mundo das empresas de segurança é sem dúvida muito nebuloso.
Seguranças a trabalharem doze horas ou mais sendo o pagamento feito de forma fraudulenta.
Recurso a pessoal na reforma ou no desemprego sendo o pagamento feito através do saco azul.
Admissão de pessoal sem formação e sem as devidas referências.
Acordos de protecção entre empresas.
São algumas das regularidades que podem ser detectados em muitas empresas de segurança.
Se alguma vez tiver oportunidade, assista a uma abertura de propostas para um concurso público de segurança. Poderá constatar que o “ambiente” é tudo menos aquilo que seria de esperar, daqueles que mais tarde serão encarregados de “zelar pela protecção e segurança” de um determinado serviço público.
A razão principal de toda esta falta de qualidade e irregularidades, é a guerra dos preços.
No intuito de baixar preço para ganhar serviços as empresas de segurança recorrem muitas vezes a todo o tipo de “esquemas”.
Acresce também dizer que o estado é “colaborante” neste capítulo uma vez que as comissões de escolha, optam muitas vezes pelo preço mais baixo sem se darem a trabalho de fazer contas a custos, o que lhes permitiria verificar que estão perante um caso de Dumping.Que se segundo a lei vigente exclui imediatamente a empresa concorrente e deve ser denunciado às autoridades económicas, bem assim como ao ministério que tutela as empresas de segurança.

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