Recurso do Governo não teve provimento. Tribunal da Relação reforça decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Coimbra e obriga Ministério do Ambiente a fazer novo Estudo de Impacte Ambiental se quiser avançar com a co-incineração na Cimpor, em Souselas.
Um grande vitória do povo de Souselas e de todos os que lutam contra a co-incineração. Face a este despacho o governo vai ser obrigado a fazer novo estudo de impacto ambiental. O novo estudo a que o governo sempre fugiu vai chumbar a co-incineração, uma vez que as novas regras Europeias a que Portugal aderiu recentemente, obrigam a ter em conta alguns aspectos que não eram previstos na altura do primeiro estudo.
A co-incineração não é só perniciosa para Souselas e para o Outão mas para todo o país, pois do processo da queima resulta a produção de substâncias altamente cancerígenas (dioxinas, furanos, etc.) que para além de ficarem impregnadas no cimento, são ainda disseminadas para a atmosfera. É um método rejeitado pela Convenção de Estocolmo que foi assinada pelo governo português. Acrescente-se ainda que o parecer da comissão científica nomeada pelo governo é altamente questionável, uma vez que estava previsto que os seus membros fossem remunerados com chorudos ordenados enquanto dura-se a co-incineração.
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