segunda-feira, fevereiro 15, 2010

Missão imensa, tarefa hercúlea


Enquanto no anterior governo, Sócrates agia a seu belo prazer, apenas prestando vassalagem a alguns lobbys que o tinha ajudado a conquistar o ceptro. No actual governo necessita de agradar à esquerda e à direita, num perigoso exercício de contorcionismo.
Qual prostituta que baixa á sala, o governo e o PS, deitam-se com a esquerda e a direita tentando salvar o governo e em última análise o sistema.
Na última sessão da A.R. o cenário ficou bem patente.
Se por um lado foi aprovado um orçamento de estado que trará mais privatizações, sobretudo em sectores que devem estar sempre nas mãos do estado, congelamento de ordenados e mais campo de manobra para o grande capital, por outro lado com votos de toda a esquerda e com a abstenção de cinco deputados do PS, deu-se mais uma machada na família e na tradição ao deixar passar o casamento dos homossexuais.
No mesmo dia o governo deitou-se com a esquerda e com a direita.
Não acreditamos que este governo dure muito mais tempo. A sede do poder que caracteriza os políticos do sistema, mais cedo ou mais tarde ai retirá-lo das ruas. Até porque é tempo de outros mamarem. É tempo de outras sucatas de outros Freeports.
Dentro em breve o circo das eleições ai estar de tenda montada, com mais promessas, com mais banha da cobra ou pomada santa da jibóia brasileira.
A maioria dos órgãos da ‘expulsão abortiva de Abril’ estão em degenerescência acelerada. Veja-se o que se passa com os autarcas e os recuados, os deputados e as viagens, os ministros e as sucatas os submarinos e as amizades salvadoras, os presidentes e as excursões faraónicas, os partidos e os boys, etc., etc. O Estado é a teta da vaca onde mama toda esta vaga de oportunistas e materialistas, laicos ou não. «…Se a Democracia, sociedade em que todos governam, não existe, que é que existe com o nome de Democracia? Existe a sociedade em que alguns se governam – mentindo, iludindo, sofismando, arrastando o povo atrás da sua mentira, levando-o, cego e surdo, atrás de uma ilusão! (…) Mas essas Democracias que por aí passeiam a sua vida, que são afinal? São burlas escandalosas e é à sua qualidade de burlas que devem o poder viver.
São sociedades de negócios, materialistas e jogadoras da vermelhinha, em que, repito, alguns se governam.
O regime apresenta característicos sinais de desagregação. A putrefacção apoderou-se de todas as suas estruturas. Mas não irá desaparecer de cena, por algum alçapão da história, por sua própria iniciativa. Se nada puser cobro a isto, continuará indefinidamente esta trágica palhaçada dos que entram e dos que saem sem que nunca alguém note a diferença. E os portugueses terão que continuar a esfolar-se para viver numa terra onde não arranjam casa nem emprego e onde a inflação lhes consome tudo o que conseguem ganhar, enquanto os seus políticos se divertem com várias eleições ao ano e com governos ao semestre, corno tem acontecido nestes últimos anos.
Não temos portanto o direito de esperar mais tempo. É a hora de nos empenharmos sem reservas no combate ao que tem vigorado. Para isso é preciso inflamar o país na chama de um nacionalismo renovado, que una as forças vivas da nação num projecto de regeneração que possa atrair o consenso de todos os que não possuem interesses na manutenção da actual situação. E quase todos preenchemos essa condição.
Os povos, como os homens, precisam de quem os estimule, de quem os esclareça, de quem os comande; o nacionalismo português tem que fornecer à nação aquela chama, aquele suplemento de alma, sem a qual ela não poderá superar a crise em que se encontra mergulhada, e que é sem dúvida a mais grave de toda a nossa história.
Essa missão imensa, essa tarefa hercúlea, compete aos nacionalistas portugueses cumpri-la; essa a nossa honra; esse o destino do nacionalismo português.

1 comentário:

Anónimo disse...

O Sócrates deita-se com quem calhar...


Cumprimentos



http://gataescondida.wordpress.com/2010/02/15/dresden-13-de-fevereiro/