quinta-feira, julho 27, 2006

Mais uma fábrica a fechar

Encerra no final do mês a Fábrica das Alcatifas da Lousã Carvalhos L.da, que foi uma das empresas mais sólidas do país no sector têxtil. Chegou a empregar 250 pessoas e a produzir 8.000 metros quadrados de alcatifa por dia. O negócio foi decaindo e actualmente apenas 30 funcionários asseguram a produção.
A falta de protecção á nossa industria, a concorrência de produtos vindos de países onde os factores de produção tornam os produtos mais baratos, muitas vezes através do recurso a mão-de-obra escrava ou infantil, vão a pouco e pouco diminuindo o tecido empresarial em Portugal. O caminho está aberto ás grandes multinacionais apátridas.
As promessas de Abril vão a pouco e pouco caindo, os ricos estão cada vez mais ricos, os pobres e mesmo a classe média sobrevivem, os políticos do sistema como hiena s e abutres participam do festim.
Da garganta sai-me um grito de revolta. Eu estou disposto a lutar pela minha liberdade.
«Dizer liberdade é dizer força, poder, potência sobre alguém ou sobre alguma coisa. Se prolongarmos esta ideia, ainda vaga de uma potência até ao seu ponto de aplicação social ou pessoal, que encontramos nós? (…): é uma autoridade…
Quando a doutrina liberal põe em oposição liberdade e autoridade, ela opõe termos que não representam senão uma só e a mesma coisa, em dois estados da sua produção.»
«Que é, pois, uma liberdade? Um poder. Aquele que nada pode, de modo algum é livre. (…)
CHARLES MAURRAS

A liberdade é um estado conquistado, uma condição garantida pela força. Tudo o que existe na natureza é livre, na medida em que se faz respeitar.
A liberdade é tudo quanto há de mais ameaçado na ordem da natureza. Tudo o que cerca uma liberdade tem interesse em contestá-la ou em suprimi-la. Pode-se e deve-se mesmo afirmar que é mais correcto falar em liberdades do que em liberdade, no singular.
Os homens, as nações, são livres, na medida em que são capazes, pela sua força, de fazer valer e respeitar esse estado.
O caminho da liberdade passa pelo do poder. A liberdade dos fracos é uma ingenuidade para utilização demagógica e eleitoral: Os fracos nunca foram livres e nunca o serão. Só existe a liberdade para os fortes.
O que quer ser livre deve ser poderoso. Cada uma das nossas liberdades foi adquirida após numerosos combates sangrentos e cada uma delas só será mantida, na medida em que pudermos fazer demonstração de força susceptível de desencorajar os que quiserem privar-nos dela. Sabemos como estas liberdades estão perpetuamente ameaçadas. Quer como indivíduo, quer como nação, sabemos que a fonte da liberdade é o poder.
Se quisermos conservar a primeira devemos cultivar a segunda. São inseparáveis.

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