sexta-feira, março 16, 2007

Onésimo Redondo


Onesimo Redondo Ortega, nascido em Valladolid a 16 de Fevereiro de 1905, foi um destacado dirigente nacional-sindicalista espanhol, co-fundador das JONS (Juntas de Ofensiva Nacional-Sindicalista), partido que acabou por se integrar na Falange Española de las JONS a 11 de Fevereiro de 1934.

Nasceu no seio de uma família de proprietários agrícolas. Depois de completar o curso de Direito em Salamanca, regressou a Valladolid. Em Outubro de 1928 inicia a sua carreira política como líder do Sindicato dos Cultivadores de Castilla la Vieja. Em 1929 cumpre o serviço militar em Valladolid.
Inicialmente ligado ao movimento de Acção Católica, distancia-se da organização, que considera demasiado próxima do liberalismo burguês. Após a proclamação da 2ª República, funda em Agosto de 1931 as Juntas Castellanas de Actuación Hispânica.
Em Novembro do mesmo ano, a sua organização funde-se com outra liderada por Ramiro Ledesma Ramos. As Juntas de Ofensiva Nacional Sindicalista são o resultado desta fusão, que adopta como emblema o jugo e as flechas, antigo anagrama dos Reis Católicos.
As JONS, declaradamente anti-marxistas, tinham como objectivo a criação de um Estado Nacional-sindicalista. Como método de acção propunham a acção directa (termo criado pelo filósofo italiano Sorel), contestavam o sistema eleitoral por ser “liberal-burguês” e corrupto.
Embora Redondo tivesse sido partidário da Monarquia, na sua época da Acção Católica, em 1931 não se opunha à República como forma de Estado.
Em 1932 toma parte na fracassada sublevação do general Sanjurjo. Para evitar a detenção, cruza a fronteira e exila-se em Portugal, no Porto. Do exílio cria com Ledesma Ramos uma nova revista, J.O.N.S., como órgão do partido. Em Outubro regressa a Valladolid. Decide apresentar-se as eleições de 1933 mas retira a sua candidatura à última hora.
Em Março de 1934, as JONS fundem-se com a Falange Espanhola, o partido de José António Primo de Rivera. No novo partido, Falange Española de las JONS, Redondo assume um segundo plano na acção.
Em 19 de Março de 1936 é detido em Valladolid. Durante a sua reclusão, permanece em contacto com o líder do partido, José António, também encarcerado. Em 25 de Junho é transferido para a prisão de Ávila, de onde é libertado por militares sublevados a 18 de Julho, no início da Guerra Civil Espanhola.
Dirige-se a Valladolid, onde rapidamente organiza um grupo armado de falangistas. Marcham em seguida para Madrid e combatem no Alto dos Leões. No dia 24 de Julho é atraído para uma emboscada numa vila e morre abatido por militantes anarquistas do CNT.

Hoje, embora algo esquecido, permanece uma figura incontornável do movimento nacional-sindicalista espanhol e um exemplo da luta pela Tradição e Justiça Social. Inimigo de marxistas e liberais, acreditou sempre na existência de uma terceira via, tendo sacrificado a sua vida por isso.

FONTE

1 comentário:

Anónimo disse...

Bom, avivar as memórias, recordar os valorosos! vou tomar a liberdade de resgatar seu texto sobre Ortega, andava a pesquisar, mas ainda não tinha concluído o trabalho; e agora camisa negra faz-me a gentileza!, gracias e um "Presente!" ao Ortega.
Luisa (Legião Vertical)