quarta-feira, setembro 05, 2007

Milho Transgénico, Algumas Achegas


Depois da polémica verifica-se que muito ficou por dizer e por esclarecer. Alguns exemplos:
Em primeiro lugar o milho transgénico tal como todos os outros transgénicos nascidos laboratorialmente é patenteado. Todo e qualquer agricultor que pratique uma agricultura de subsistência tem fatalmente que adquirir as sementes ano após ano.
Só a Monsanto um dos gigantes dos transgénicos e da agricultura comercial no seu todo, ganhou o ano passado 15 milhões de dólares em processos contra agricultores por este motivo.
Resultado com a progressiva invasão dos transgénicos vai acabar-se a liberdade de cultivar.
Viva o capital pela garganta abaixo, viva!
Temos em seguida a actuação do colectivo que devastou uma parte, simbólica aliás, duma area cultivada com este tipo de milho. Pergunta-se se não deveriam antes ter ido manifestar-se à porta do ministério da agricultura e pescas que é quem em última análise permitiu e legalizou este tipo de agricultura. Talvez aí a actuação das autoridades fosse menos branda.Uma coisa é ir incomodar quem honradamente ganha a sua vida, outra é aborrecer os próceres do sistema.
Viva a burguesia de filhos-familia que arranjou um divertimento para passar as férias, viva!
Por último há quem dentro da área dita nacionalista, verdadeiro saco de gatos, ainda não tenha entendido a natureza das coisas e persista com uma desarmante ingenuidade em reclamar que a acção directa deveria ser uma forma de acção privilegiada deste sector, reganhando as ruas.
Excelentissimos, em Portugal as direitas ocupam ministérios, secretarias de Estado, lugares camarários, prostíbulos, salões de chá e tertulias, salas de jantar e salões de vária ordem. As ruas não. Porque para isso teriam que misturar-se com o povo, que sonham conduzir em delirios caudilhistas, mas com o qual só se identificam em abstracto, de cima para baixo. Lado a lado com a ralé? abrenúncio!
Viva a mais reles extrema-direita dos interesses que ao mundo já foi dado ver,com um leve sabor a social quando interessa, a portuguesa, viva!

FONTE

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