quinta-feira, setembro 27, 2007

O estado da Educação.

Basta!
Ao contrário provavelmente da maioria dos pais e encarregados de educação portugueses ainda não me demiti, distraí, alienei responsabilidades e não tenciono abdicar das mesmas, dos meus deveres e dos meus direitos. Provavelmente, por também ser dos poucos a sentir a crise, não recebo qualquer subsidio do governo deste País, incluindo o abono de família, e, como tal, só ontem comprei e consultei detalhadamente o Livro de Português a ser utilizado, repito: a PORTUGUÊS, pela minha filha, 6º. ano. Sei, pelo que ouço, pretender o Senhor Ministro da Administração Interna, com o restante governo, presumo, educar as mentalidades das nossas crianças. Eu recuso-lhe essa pretensão. Mesmo porque nada me diz ter o referido Senhor qualquer mérito especial, ético, moral ou intelectual, para assumir um papel que me compete a mim e à Família. Mas sei que a máquina funciona e está lá. Teimosamente resisto. Não aceito. Teimosamente, mesmo sabendo o que tal implica num País de medo, silêncios e omissões, dizer NÃO e recusar, combatendo, o pensamento politicamente correcto. E exigir uma Escola que ensine, o que se não verifica, deixando a EDUCAÇÃO para os Pais. Aliás, só assim se entendem as programadas alterações ao programa disciplinar, persistentemente insistindo em enfiar a " Educação Sexual " com nota de avaliação, já no sexto ano, onde se dá destaque à tolerância e diversidade sexual, bem como à contracepção sem referir, naturalmente, uma Educação Sexual assente nos princípios da Abstinência e da Castidade. À Escola não cabe " educar ". Muito menos partindo o normativo de quem só nos pode merecer dúvidas e reticências.
Para já, o registo que me leva hoje a postar e, no seguimento, ir activar junto de todas as entidades o pedido para que seja retirado o referido livro de PORTUGUÊS atribuído à minha filha, bem como ao reembolso do valor que paguei. De língua, da língua e dos seus autores, PORTUGUESES, pouco ou nada está presente. Um ou outro nome habitual e suficientemente suspeito, como Letria. Estrangeiros, muitos. Como os assuntos que nada têm a ver com Língua Portuguesa. Editora, Plátano, " Português em linha ". O que temos?
Referências a datas especiais. Ao acaso. O dia dos namorados, o carnaval, santos populares: nunca, em parte nenhuma, por acaso, o DIA DE PORTUGAL!
Biografias, diários, personagens históricas. Muitas, portuguesas, rareiam. Não faltam os nomes maiores de um certo pensamento cultural, assente na pretensa arte degenerada, Picasso e Charlot que, sendo questionáveis enquanto artistas, mais o serão enquanto Homens. Com a língua portuguesa, não vejo nada a propósito.
Por fim, abreviando, páginas e páginas com Anne Frank, onde são mais do que visíveis os erros pedagógicos e a escandolosa manipulação ideológica. Se querem falar de crimes e bombas é curioso o esquecimento cirúrgico de Dresden, Hiroshima, a referência ao Goulag soviético ou ao Cambodja de Pol Pot. Normal num Governo que vai receber Mugabe e apadrinha Angola, inadmissivel em quem, como eu, pretende educar a filha com outros preceitos e referências. Em especial quando o livreco informa que a Alemanha nazi invadiu a Holanda em 1946, página 85. Lapidar.
Mais haverá a apontar. Os pés de página com referências a pedir ao professor para estabelecer ligação de músicas aos telemóveis dos alunos. Por exemplo. Penso que basta o apontado. Sabemos, todos, como vai a Educação em Portugal. Mesmo os aparentemente distraídos. Este livro prova-o à saciedade e é um insulto a qualquer encarregado de educação mais responsável.
Vou, como afirmei, actuar legalmente em tudo o que me for possível para denunciar e alterar esta situação concreta. Conto com o apoio e solidariedade de todos. A luta, esta luta é a de todos os que recusam a morte anunciada da nossa Educação e do nosso País.

FONTE

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