sexta-feira, maio 23, 2008

Socialistas na teoria e capitalistas selvagens na prática


Portugal foi hoje apontado em Bruxelas como o Estado-membro com maior disparidade na repartição dos rendimentos, ultrapassando mesmo os Estados Unidos nos indicadores de desigualdade. O Relatório Sobre a Situação Social na União Europeia (UE) em 2007 conclui, no entanto, que os rendimentos se repartem mais uniformemente nos Estados-membros do que nos Estados Unidos, à excepção de Portugal.
As 100 maiores fortunas portuguesas representam 25% do Produto Interno Bruto e 20 por cento dos mais ricos controlam 45,9% do rendimento nacional. Estes dados mostram que Portugal necessita de uma política redistributiva e de encarar de frente o problema da desigualdade. Que política distributiva? Todo o discurso político, da comunicação social e da sociedade civil é em relação ao crescimento económico e à redução do défice público. Desta forma só se abrange 80% dos mais ricos, esquecendo os 20% dos mais pobres. As estatísticas indicam que um em cada cinco portugueses vive no limiar da pobreza. Mas a realidade da pobreza é pior. Porque pobreza não é meramente falta de dinheiro, é também falta de acesso às necessidades que conferem dignidade na vida portuguesa.
Claro que todos os partidos do sistema, especialmente em altura de eleições têm em relação ao assunto as mais diversas soluções, todas elas eficazes e que só eles são capazes de implementar. Depois quando poder, baqueiam-se para as bandas do capital e todas as promessas são esquecidas embora jurem e afirmem a pés juntos que as estão a implementar, mas a crise, o petróleo, o terrorismo, o canário da vizinha, esses malandros que não nos largam é que impedem uma politica de combate às desigualdades. É o triunfo dos porcos porque constatamos que é em épocas de crise que o grande capital mais cresce e cimenta a sua hegemonia. Se o capitalismo de estado é inimigo da propriedade privada o capitalismo não o é menos.

4 comentários:

Joaquim M.ª Cymbron disse...

Já estou habituado a belíssimos textos, aqui. Mas este é de altíssimo valor.

Queira Deus que muitos que se dizem do nosso lado o entendam e se convençam que os mais desfavorecidos necessitam de alcançar justiça e não de receber esmola.

A esmola dá-se a quem precisa. Mas, ao que merece e não tem, é devida a paga justa!

Isto é bastante esquecido, até porque grassa muita ignorância e confusão, a este respeito. Às vezes, a raiz do problema resume-se a uma imensa dose de má fé!

Justiceira disse...

A fome de um pobre, dá-lhe o direito de importunar a abastança do rico! (Jesus Cristo)

As esquadras estão vazias, os quarteis também. Vamo-nos organizar e fazer um 25 de Abril sem cravos. Isto só lá vai com a luta armada!!!

TODOS PARA A LUTA!!!
VAMOS ACABAR COM ELES!!!
VIVA UM 25 DE ABRIL SEM CRAVOS!!!

Justiceira disse...

A fome de um pobre, dá-lhe o direito de importunar a abastança do rico! (Jesus Cristo)

As esquadras estão vazias, os quarteis também. Vamo-nos organizar e fazer um 25 de Abril sem cravos. Isto só lá vai com a luta armada!!!

TODOS PARA A LUTA!!!
VAMOS ACABAR COM ELES!!!
VIVA UM 25 DE ABRIL SEM CRAVOS!!!

Justiceira disse...

A fome de um pobre, dá-lhe o direito de importunar a abastança do rico! (Jesus Cristo)

As esquadras estão vazias, os quarteis também. Vamo-nos organizar e fazer um 25 de Abril sem cravos. Isto só lá vai com a luta armada!!!

TODOS PARA A LUTA!!!
VAMOS ACABAR COM ELES!!!
VIVA UM 25 DE ABRIL SEM CRAVOS!!!