sábado, agosto 05, 2006

Cemitério da Varziela assaltado e vandalizado

Vivemos numa sociedade onde os valores estão a desaparecer.
A educação deficiente, os meios de comunicação, o exemplo das chefias, vão deitando por terra a identidade nacional, o respeito, o culto dos valores.
Por outro lado o sistema em que vivemos cria um sentimento de impunidade, que facilita a escalada da criminalidade.
É da mesma espécie humana que saem os delinquentes ou os heróis. Meio, circunstâncias, fazem com que tal jovem milite num movimento revolucionário ou seja um vadio.
Entre o gosto do sacrifício e a cobardia vemos duas vias que partem do mesmo cruzamento. O homem contém em si as melhores virtudes e os mais baixos instintos. A arte de dirigir condiz em favorecer umas e conter outras.
A maior parte dos homens não tem um comportamento pessoal, mas uma atitude estereotipada. «Vícios» e «virtudes» são, nas massas, valores gregários. Importa, pois, que o escol dirigente apresente valores positivos. Esse é o segredo das sociedades sólidas.
As melhores instituições legais, as estruturas de um Estado, nada podem se não forem apoiadas, reforçadas pela existência de uma moral, de um estilo de vida, de uma disciplina de sociedade. A abundância de leis, na partidocracia decadente, demonstra que só a coerção consegue manter esse edifício podre.
Nunca se poderá concluir definitivamente a propósito do homem, pelo optimismo ou pelo pessimismo. Mas é possível influenciar a sua conduta quer pela moral do comportamento quer por leis restritivas, correctivas ou repressivas. Nenhum caso é desesperado e em menos de uma geração é possível transformar os nossos jovens associais em cidadãos activos e os progressistas cansados em combatentes.
O homem deve ser controlado nomeadamente através de regras morais. Exemplos vivos de virtude e de carácter devem ser-lhe propostos. Não podemos ser rigorosos para a juventude por ela ser cobarde, se a sociedade derivada da partidocracia lhe dá o exemplo da inércia, da facilidade, das reivindicações e da irresponsabilidade.
Os chefes revolucionários deverão, pois — desde o início — apresentar um estilo de vida novo, de um comportamento inteiramente diferente do dos fantoches que manipulam os nossos regimes decadentes.

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