segunda-feira, agosto 07, 2006

O GRANDE CAPITAL NÃO TEM PÁTRIA

Em entrevista à SIC Notícias, o empresário madeirense Joe Berardo disse que vai continuar a reforçar a sua posição accionista na Portugal Telecom (PT).
Sobre a eventual criação de um núcleo nacional de bloqueio à OPA, Joe Berardo referiu, contudo, que «o dinheiro já não tem pátria».
O capitalismo investe no estrangeiro com o único fim de pagar salários inferiores. É nesse aspecto que o capitalismo de puro proveito é frequentemente incívico e antinacional.
Estas práticas são contrárias aos interesses nacionais, por um lado, e permitem a chantagem em relação à mão-de-obra assalariada, por outro.
Os próprios interesses financeiros exercem simultaneamente a chantagem e a corrupção em relação aos governos europeus, sob a ameaça de lock-out ou de «transferências de indústria».
Os grandes «trusts» mundiais deverão ser combatidos por duas razões peremptórias: a primeira, pela prática que consiste em expatriar indústrias de interesse estratégico; a segunda, pelo processo de comprimir os salários argumentando que, eles são mais baixos nos países subdesenvolvidos, travando assim toda a expansão social.
O salário deve ser subtraído ao comércio de mão-de-obra. Devemos , pois, lutar, contra a comercialização do trabalho e retirá-lo das mãos da especulação.
Só assim os salários poderão encontrar um valor humano, independente da especulação e da chantagem.

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