segunda-feira, abril 09, 2007
Bakunine e o Socialismo Popular
O cosmopolitismo e internacionalismo de Karl Marx tornou o socialismo num dogma que o tornou inútil como uma força eficaz na oposição e suplantação do capitalismo. De facto, historicamente, o marxismo desempenhou o papel de um fantoche nas mãos da luva capitalista; tal como o revolucionário visionário anarquista Mikhail Aleksandrovitch Bakunine previu.
Isto deve-se ao facto de Karl Marx ter projectado o seu passado judaico burguês para o interior do movimento dos operários, o que Mikhail Aleksandrovitch Bakunine augurou e alertou na sua Polémica Contra os Judeus escrita por ele em 1869: "Podemos observar na ligação com os judeus actuais que a sua natureza poucas ligações possui ao socialismo franco. A sua história, muito antes da era Cristã, implantou-lhes um a tendência essencialmente burguesa e mercantilista. Como uma nação, são por excelência os exploradores do trabalho dos outros homens. Estou consciente de que ao exprimir a minha oposição aos judeus me exponho a enormes perigos, pois a seita judia constitui hoje um poder verificável na Europa."
De facto, Mikhail Aleksandrovitch Bakunine reconheceu a ligação judia da bolsa ao marxismo; cinquenta anos antes de Schiff, Aschberg e Warburg financiarem a Revolução Bolchevique na Rússia. Mikhail Aleksandrovitch Bakunine declarou em 1871: "Sendo ele próprio judeu, Marx tem em seu redor uma multitude de judeus. Eles têm um pé nos bancos, e o outro mo movimento socialista. Agora, este mundo judeu está intimamente unido não só nas fronteiras nacionais mas também através das diferenças da opinião política. Mantém-se na maior parte à disposição de Marx, e ao mesmo tempo à disposição de Rothschild."
Foi contra este cosmopolitismo derivado do judaico-marxismo e do judaico-capitalismo que Mikhail Aleksandrovitch propôs uma "Terceira Via": o Socialismo Popular.
Como escreveu em La Liberté em 1872, Mikhail Aleksandrovitch Bakunine repudiou a interpretação económica da história e da sociedade sustentada pelo judaico-marxismo e pelo judaico-capitalismo e, em oposição, advogou a dialéctica racial: "Em apoio ao seu programa de conquista política, Marx tem uma teoria muito especial, que não é mais que a consequência lógica de todo o seu sistema. Sustenta que a condição política de cada país resulta sempre como um produto do seu sistema económico. Marx ignora completamente um elemento da maior importância no desenvolvimento histórico, o que quer dizer, o temperamento e carácter particular de cada raça, de cada povo, que são em si mesmos o produto natural de uma multitude de causas etnológicas, mas que exercitam, mesmo aparte das condições económicas, uma influência considerável nos destinos de cada país e mesmo até no desenvolvimento das suas forças económicas."
Karl Marx escreveu que o "proletariado" não tinha país; não tinha "nacionalidade": era "internacional". Capitalistas tais como J.G. Maisonrouge da International Business Machines também declarou: "As fronteiras que separam uma nação da outra não são mais reais que o equador. Não definem requerimentos para negócios nem inclinações de consumo."
Portanto, Mikhail Aleksandrovitch Bakunine através de Estadismo e Anarquismo realçava que o capitalismo se iria expandir continuamente e monopolizar a uma escala mundial, e que o Estado moderno (não importando quão "vermelho" seja) também aspiraria a ser um "Estado Universal".
De um lado, Karl Marx via a internacionalização do capitalismo como um passo evolutivo em favor da abolição da nacionalidade no Manifesto Comunista . Em vez de o deplorar, recebia-o como um passo em favor do acima mencionado "Estado Universal".
Do outro lado, Mikhail Aleksandrovitch Bakunine apelava não ao cosmopolitismo, mas ao desmantelamento de estados e impérios artificiais em entidades étnicas (ou raciais) no seio de uma Europa Federada através do Federalismo, Socialismo e Anti-Teologismo ; e exigia a "total autonomia" de "cada nação, grande ou pequena, de cada povo, de cada província, de cada comuna" como meio de assegurar a paz, a justiça e a liberdade "...entre os diferentes povos que constituem a família europeia." Esta visão de um Socialismo Popular pan-europeu opõe-se aos dogmas anti-nacionais e ao cosmopolitismo tanto do judaico-marxismo como do judaico-capitalismo que repudiam a nacionalidade, a cultura e a liberdade arianas em vez de estados artificiais: e por objectivo ultimo defendem o "Estado Universal".
Na realidade, Mikhail Aleksandrovitch Bakunine advogada a comunidade socialista popular: o estado étnico. A comunidade anarquista deveria ser baseada na associação instintiva. O "auxílio mútuo" observado entre as espécies pelo teórico anarquista Petr Alekseïevitch Kropotkine é favorável à orgânica dos iguais. É expressada politicamente como a nação de raízes étnicas. É um impulso natural; e portanto não requer a coerção nem os mecanismos de controle de dogmas artificiais como os do judaico-marxismo e do judaico-capitalismo.
O que temos hoje é a aproximação a um "Estado capitalista global", sob a bandeira da "nova ordem mundial". É vendido com slogans moralistas como o da "paz mundial" e da "democracia". Qualquer nação reticente (como o Iraque) é punida pelas forças dos Estados Unidos ou da Organização das Nações Unidas: melhor dito "polícia mundial". Já vivemos sob uma ditadura mundial de facto.
Outros teóricos socialistas reconheceram a necessidade de uma ideologia socialista popular em oposição à natureza internacional do capitalismo: a Austrália foi considerada pelos pioneiros e teóricos socialistas que lá se instalaram como uma oportunidade para a criação de uma civilização pan-europeia numa terra livre da atmosfera pesada de uma Europa envelhecida.
William Lane, fundador do periódico The Worker ( O Operário ) e organizador da Federação do Trabalho da Austrália, foi o mais proeminente organizador e teórico socialista da Austrália. Declarou que a luta do movimento operário era "...mais que um movimento nacional ou social: é uma verdadeira luta racial." Reconhecia a natureza interior da luta; declarando que "...o capitalismo de monopólio não possui nem cor nem país."
Em lado nenhum é este conflito de interesses mais dramaticamente vislumbrado que na África do Sul, com a revolta sindicalista de 1922 contra a utilização monopolista do trabalho de cor. "Proletários brancos do mundo uni-vos; por uma África do Sul branca" era o slogan do Borksburg Kommando dos operários. É o esmagamento brutal da revolta por Jan Christian Smuts que origina a vitória dos nacionalistas Boer em 1924, com o apoio do Partido Trabalhista, que originou uma legislação laboral progressiva.
Esta na altura de restaurar o anarquismo como um movimento militante do socialismo popular para resistir ao plano de tornar as pessoas nada mais que meras unidades económicas (ou, melhor dito, Homo Economicus), onde a "cultura" não passa de marketing em massa ou mímica grosseira: apenas a diversidade étnica pode agir como um aríete contra a uniformidade capitalista.
Kerry Raymond Bolton
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1 comentário:
Muito interessante, este texto. Não conheço a obra de Bakunine mas a oposição entre socialismos românticos, tradicionalistas e nacionais e socialismos marxistas, mecanicistas, progressistas e internacionalistas é uma realidade histórica. Tomei a liberdade de o publicar no Terceira Via, com a devida referência, claro.
Rodrigo
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