terça-feira, maio 22, 2007

Delphi vai reduzir 500 trabalhadores da fábrica da Guarda


A multinacional de componentes automóvel Delphi anunciou esta sexta-feira a redução de 500 trabalhadores na sua fábrica de cablagens da Guarda, até ao final deste ano.
O capitalismo apátrida continua a usar o nosso país, como forma de aumentar os sues lucros, rumando depois a outras paragens quando já sugou a carne e os ossos dos trabalhadores portugueses.
Os nossos governantes os sindicatos e todos os que se instalaram no poder, lamentam ou protestam contra estes factos, mas nada fazem para os impedir, eles fazem parte do sistema podem aqui e ali não concordar com algum ponto, mas nunca farão nada que ponha em causa aquilo que conquistaram.
Só o nacionalismo se ergue contra os privilégios da fortuna, os impulsos desmedidos de ganho, a ambição de lucro. Aceitando que a propriedade privada e o capital têm ou podem ter uma função positiva, apenas os acha legítimos na medida em que são socialmente úteis, não hesitando em suprimi-los e bani-los quando se mostrem nocivos e pretendam usurpar lugares que lhes não competem.
O nacionalismo tem a preocupação de integrar na comunidade as grandes massas marginalizadas que a economia liberal lançou na miséria. Não pretende que elas se tornem uma casta com regalias especiais, nem que o seu bel-prazer se transforme no critério máximo da verdade ou do erro, da bondade ou maldade. O que deseja, sim, é que através de uma hierarquização correcta, todos tenham possibilidade de participar nas riquezas existentes. Ninguém pode ser submetido ao bem-estar de outrem ou de multidões. Cada um tem o dever indiscutível de se sacrificar pela pátria, nunca, porém, o de ser sacrificado ao Sr. A ou ao Sr. B ou a um limitado conjunto de senhores, a um grupo — o proletariado, por exemplo. A nação está para além de quem quer que seja e não é monopólio de ninguém. Os próprios chefes não passam dos seus primeiros e supremos servidores.
De qualquer modo, se o nacionalismo é, essencialmente, social, ele não esquece que uma pátria não é uma organização de trocas destinada a distribuir benefícios económicos. Estes são um meio e não um fim. O fim é erguer o humano a algo que esteja acima de si, a algo que transcenda e ultrapasse a mediocridade fechada de cada eu, algo, precisamente, de que as nações eram até aqui o veículo temporal.
Diante do materialismo capitalista ou do materialismo comunista, o nacionalismo, profundamente «justicialista» na essência, por isso mesmo, perfilha, sem rebuço, uma concepção do mundo e da vida de nítido e forte cariz espiritualista.

1 comentário:

Anónimo disse...

excelente texto, merecia impressão para posterior divulgação
saudações