sábado, novembro 22, 2008

No Name Boys - Possíveis ligações a grupos anarcas de extrema-esquerda


Os sete agentes (Guimarães) foram agredidos com uma violência tão extrema como inexplicável. "Atacaram-nos com tochas. O motorista foi arrastado, espancado e espezinhado. Só não foi mais grave porque havia populares que ajudaram a polícia". Este ataque, ocorrido no início deste mês, não faz parte do processo mas apressou as detenções e ilustra bem o nível de violência a que a ala mais radical dos No Name Boys chegou. "Muitas vezes, durante as escutas, ficávamos chocados com o nível de violência das conversas", reconhece um dos investigadores do processo. "Assumiam-se contra a autoridade do Estado, odeiam profundamente a polícia e sentiam-se totalmente impunes. Achavam que nunca nada lhes ia acontecer". Aconteceu: esta semana a PSP deteve 32 suspeitos de envolvimento em várias situações de violência, fogo posto e tráfico de droga. Nem todos são da claque e foram detidos por posse de droga. Sete ficaram em prisão preventiva, mas dois ainda podem regressar a casa com pulseira electrónica. Outros dois ficaram proibidos de frequentar recintos desportivos. A dureza das medidas aplicadas pelo Tribunal de Instrução Criminal (TIC) explica-se com os vários episódios investigados pela PSP e pela unidade de combate ao crime violento do DIAP de Lisboa. (...) O ódio à polícia é ideológico. Ao contrário de outras claques, não existe qualquer comunicação ou coordenação com as forças de segurança na preparação dos jogos. Estão infiltrados no grupo pessoas ligadas a movimentos anarcolibertários, antifascistas e extremistas radicais de esquerda. Nas escutas e em pesquisas nos blogues dos elementos mais activos dos NN foi possível encontrar apelos aos "politicamente reprimidos" e "perseguidos" dos bairros problemáticos suburbanos para que se insurjam contra as autoridades. Ainda assim o grupo diz-se apolítico e é ferozmente antipublicidade: não há blogues oficiais dos No Name, nem entrevistas a jornais ou televisões. Os poucos que apareceram à porta do TIC esconderam a cara atrás de lenços e cachecóis. O anonimato é lei.

FONTE

4 comentários:

Flávio Gonçalves disse...

Portugal não há "anarcas de extrema-esquerda" excepto quando vêm de Espanha...

Vítor Ramalho disse...

Explica lá isso. Então os anarcas em Portugal são de que extrema? Os que conheço aqui de Coimbra são de extrema-esquerda. Claro que nunca se sabe do que vão ser quando a droga bate.
Tirando tua pessoa que muito respeito, é gente de quero distância. Quando na TIR se falou em aproximação a alguns desses grupos eu sempre disse que não alinhava e não queria proximidades.

Flávio Gonçalves disse...

São de idade extremamente avançada =) e não conheço outros, talvez estejam a confundir anarcas com trotsquistas da passa e do BE?

Vítor Ramalho disse...

Falo de Coimbra, porque de Lisboa não posso falar.
É fácil distinguir os anarcas dos betos de esquerda.
Claro que todos eles andam no mundo da droga.
Lembras-te bem do 10 de Junho, o provocador faz parte de um grupo de anarcas de Coimbra.