sábado, setembro 13, 2008

PREC - Processo de Repressão Em Curso


PREC - Processo de Repressão Em Curso - é uma analogia entre o mega-processo judicial contra 36 nacionalistas iniciado em 18 de Abril de 2007 e o período de repressão e perseguição política que se viveu após o 25 de Abril de 1974.

Esse processo é aquilo que pode ser apelidado de uma autêntica vergonha, típica de estados totalitários ou de não-direito, talvez o sonho de Sócrates e seus correligionários africanos!

Claro que essa ideia é muito subtil, e vai sendo ignorada por quase todos, incluindo políticos e comentadores, mas sobretudo pelos tecnocratas que se servem de questões técnicas para, isoladas de tudo o resto, proclamarem que a justiça segue o seu rumo, um rumo idêntico ao de um avião descontrolado, ou manipulado por controlo remoto, que transporta 36 passageiros sem direito a companhia aérea decente.

Um pequeno exemplo de terceiro-mundismo: os 12 arguidos aos quais foram aplicadas medidas de coacção a 18 de Abril de 2007 nem sequer um simples papel explicativo da sua situação tiveram direito a receber quando foram sujeitos a prisão preventiva ou domiciliária (ainda para mais uma exigência expressa na lei, que os arguidos devem receber cópia com detalhes sobre a hora, local, etc, dos crimes de que são suspeitos, sob pena de nulidade, para que possam a partir daí iniciar a defesa legal dos seus direitos).

Pelo meio, livros e revistas apreendidos, buscas ilegais a escritório de advogado, buscas na sede de um partido político, uma série de procedimentos que, apesar de típicos do Terceiro Mundo (onde nos parecemos inserir), eram até aquele dia inéditas em Portugal: alguém ouviu falar de buscas no Largo do Rato a propósito da máfia dos bingos brasileiros que financiavam o PS? Ou a propósito da detenção de um dirigente socialista suspeito de pertencer a uma rede pedófila? Ou a propósito da fuga de Fátima Felgueiras para o Brasil ou da morte de Sousa Franco num evento partidário do PS? Para usar um termo de comparação, lembra-se do caso dos polícias que foram a um sindicato apenas pedir informações sobre uma manifestação? Pois, deu azo a semanas de manchetes, a debates de comentadores e comunicados do Governo, mas sobre a rusga à sede do PNR, nada!

Entretanto, ávidos de acusar e condenar um grupo de pessoas que pensa e se expressa de maneira diferente do politicamente correcto instituído, o Estado arranja um colectivo especial para fazer o julgamento em regime exclusivo: três juízes e uma procuradora dedicados em exclusivo a acusar e discutir sobre determinada frase ou intenção ("pretendia", "afirmou", "escreveu", "pensava", etc). Já agora, quanto custa aos contribuintes um colectivo em exclusivo?

O julgamento começou com sessões diárias, durante dois meses, para se tentar terminar o julgamento antes de Mário Machado ser libertado, por força do novo CPP, como foram centenas de suspeitos de pedofilia, homicídios, tráfico de droga, raptos, etc., e assim manter a sua situação de prisão durante o julgamento e mesmo durante um hipotético recurso.

O Colectivo de Juízes, quando se apercebeu que tal não seria possível, fez o papel de justo e bom e decretou a libertação do Mário Machado, tratando-se no entanto de hipocrisia, pois o mesmo seria libertado daí a semanas e sem as actuais medidas de coacção restritivas da liberdade. Medidas essas que, à laia dessa alteração, passado mais de ano e meio ainda duram, sabendo-se que as mesmas nem a suspeitos de homicídio ou pedofilia são aplicadas (prisão preventiva seguida de proibição de se ausentar da freguesia de residência).

Entretanto, prosseguiram as sessões, dezenas de pessoas a ser ouvidas diariamente, tudo mantendo a aparência da normalidade tecnocrática em que se discute o assessório esquecendo o essencial, chegando-se ao fim da audição de todas as partes, incluindo Ministério Público, aguardando-se portanto a respectiva marcação da sentença.

Já depois disso, os advogados ainda requerem a extinção das medidas de coacção restritivas da liberdade, iniciadas a 18 de Abril de 2007, portanto já fora do prazo legal para aplicação das mesmas, tendo o Colectivo de Juízes respondido que não, que não tinha alterado as medidas anteriores mas sim aplicado novas, e portanto o prazo tinha começado a contar novamente.

Ou seja, com esta visão dos prazos da justiça, um arguido cujo julgamento demore 20 anos, pode ficar esses 20 anos com medidas de coacção restritivas da liberdade, bastando para tal que de seis em seis meses um juiz altere uma das suas vertentes, por exemplo mudando consecutivamente apresentações periódicas de diárias para semanais, e vice-versa, para assim manter essa situação indeterminadamente. Pelo mesmo princípio bastará, talvez, mudar um preso de estabelecimento prisional, para assim começar a contar nova duração da sentença...

Em relação a prazos, não esquecer ainda aquilo que se passou no dia de entrada em vigor do novo CPP, em que várias centenas de detidos preventivos e não-preventivos foram libertados por todo o país, com a excepção de Mário Machado, com a desculpa que, apesar deste ainda não ter sido notificado da acusação - motivo legal para ser libertado - esta já estava terminada, talvez na gaveta da Procuradora Cândida Vilar.

Talvez assim se possam violar todos os prazos legais em vigor em Portugal, basta que, não cumprindo um prazo, se diga que está em tempo útil visto o documento apesar de não ter sido entregue já tinha sido terminado numa qualquer data anterior à escolha do freguês (desde que o "freguês" tenha ligações ao Governo, como tem a amiga pessoal do maçon Rui Pereira, Cândida Vilar, a Procuradora responsável por essa falha não-admitida pelo Supremo Tribunal de Lisboa).

Depois de tanta correria, de acusações fora de prazo, de 'habeas corpus' recusados, de procuradoras aos gritos pelos corredores do TIC, desabafando que "os nacionalistas têm de pagar por aquilo que o meu pai sofreu", de colectivos especiais e exclusivos, de acusações infundadas e atabalhoadas, de aplicação inédita de medidas de coacção, de recursos na Relação simplesmente ignorados ou respondidos com gozo, chegamos a Julho, com as férias judiciais à porta e o julgamento já terminado, esperando então a leitura do acordão da sentença, o que normalmente aconteceria até final desse mês.

Puro engano, pois haveria nova sessão a meio de Agosto - e uma perto do final desse mês, depois de dois meses de sessões contínuas, para informar sobre alterações substanciais, ou não, da acusação - e também para não esgotar o prazo de validade de 30 dias da prova.

E, nessa segunda sessão de Agosto, o colectivo exclusivo informa que a próxima sessão só em Setembro, dia 12, onde então será anunciada a data de leitura do acordão. Ou seja, desde que terminou efectivamente o julgamento - com a audição de três dezenas de arguidos, duas centenas de testemunhas, mais as alegações de cada um dos trinta advogados e procuradora - até à leitura da sentença passou-se mais tempo do que durou o próprio julgamento!

Qual era a pressa afinal? A pressa era a não libertação de Mário Machado, detido preventivamente por ser suspeito (tal como outros 35) do artigo 240º do CP, o crime que pune o pensamento diferente, não por ter agredido, assassinado, ou violado menor, apenas por pensar e exprimir opiniões diferentes das aceites pelos tribunais de um regime dito democrático. Não são injúrias, são pensamentos, não são ameaças, são opiniões, não são agressões, são escritos.

A isto se referiu Marinho Pinto, insuspeito de simpatizar com as ideias de Mário Machado, e que depois de uma visita de duas horas às masmorras da PJ afirmou publicamente "não existirem motivos para a prisão de Mário Machado", invocando ainda a motivação política dessa decisão, tal como tinha feito Pacheco Pereira ou Joaquim Letria, outros insuspeitos do crime de ser nacionalista. Tal como protestaram centenas de cidadãos, que se manifestaram publicamente contra aquela situação, sobre a qual o PNR fez um outdoor exigindo a libertação imediata dos nacionalistas detidos à ordem da Nova Inquisição.

É que Mário Machado, ao contrário de José Sócrates, não deu guarida a responsáveis de Genocídio como Robert Mugabe, nem recebeu em sua casa suspeitos da morte de milhares de pessoas, como tem feito o Governo Português ao receber e negociar directamente com ditadores africanos, asiáticos ou sul-americanos. Será que o Governo, tal a manifesta desorganização, não deve ser considerado uma organização e, portanto, não está sujeito ao crime inédito no Mundo Civilizado, o tal do artigo 240º, que prevê pena até 8 anos de prisão?

Chega-se então ao dia 12 de Setembro, em que o bronzeado colectivo exclusivo anuncia a leitura do acordão da sentença para o dia 3 de Outubro, ou seja três meses depois de terminado o julgamento propriamente dito, que durou apenas dois meses, um mega-recorde em mega-julgamentos (que normalmente duram 3 ou 4 anos, ou mais, como o caso Casa Pia) conseguido à custa dos nacionalistas.

Nesse acordão adivinha-se muita jurisprudência internacional, muita citação de direitos humanos e coisas do género, visto que em Portugal o racismo criminal é coisa rara, sendo apenas "caso pontual" em localidades como a Quinta da Fonte, Quinta do Mocho ou Cova da Moura. Mas esses, incluindo os elementos de etnia africana e cigana que participaram numa autêntica guerra racial, com tiroteio em plena rua e transmitido na TV, nunca se vão sentar no banco dos réus acusados daquele maldito crime, que é usado pelo aparelho de Estado para perseguir politicamente - com a máscara criminal - aqueles que têm ideias diferentes dos cinco partidos do sistema.

Nem sequer vão, porque já é tarde, passar um ano e meio na prisão, ou com pulseira electrónica, por "serem suspeitos" desse crime previsto e punido com pena de prisão até oito anos (menos três que uma tentativa homicídio - veja-se o valor da vida humana nesta localização geográfica), mesmo contra a recomendação da União Europeia de, nos países onde ainda existir esse crime, reduzir para uma pena máxima de três anos!

É assim que, no final, os doutos representantes da Justiça Democrática, e seus acólitos, dirão que "se fez Justiça!", apesar da injustiça seguir cega desde o primeiro dia, no dia em que 60 pessoas, homens, mulheres e crianças, viram os seus domicílios invadidos e violados por agentes da Polícia Política que procuravam "livros, autocolantes e folhetos", e já agora uma arma se tiver por aí, que dá sempre jeito para a fotografia e o cabecilha do processo agradece.

Rui Pereira, enquanto director do SIS e do OSCOT, publicou um relatório onde dizia que «as dificuldades económicas que Portugal atravessa favorecem o discurso dos movimentos nacionalistas». Pelos vistos chegou a hora de pagar por esse "crime"!

FONTE

6 comentários:

Anónimo disse...

A minha opinião sobre tudo isto é que realmente quem semeia ventos colhe tempestades.FOI DITO Á POUCO NESTE MESMO FÓRUM)

Dizer-se que os arguidos estáo preSOS só por pertencerem ao PNR, ou ao nacionalismo, então hÁ muito que outros tantos já estavam presos também. O próprio José Pinto Coelho então nem se fala, mas não, portanto se os crimes que eles cometeram e que são mencionados nos jornais A CADA PASSO, SÃO VERDADEIROS, então estmos perante dilinquentes e nunca perante criminosos políticos.

Outro dia vi uma fotografia tirada por um militante que frequenta assiduamente o Forum Nacional, e em que um dirigente do PNR dizia que se devia deitar uma bomba atómica em Israel. E o pior é que essa mesma pessoa está incluída neste processo
ora isto é inconcebível, para quem está para ser condenada dentro de muito pouco tempo, além disso o espírito anti~semítico constante neste Forum só traz problemas, não só para quem os escreve como para quem pertence ao PNR. pois não é nem Politicamente nem humanamente correcto.

Afinal o PNR é um partido nacionalista ou Terrorista?

Vítor Ramalho disse...

Para os reaccionários de extrema-direita provavelmente seremos terroristas, para o povo e para os trabalhadores somos certamente nacionalistas.

Anónimo disse...

reacionários de exrema direita? Nunca houvi tal. A palavra "reacionário" é um vocábul
ario muito usado pelos comunistas.............
Quanto ao povo nacionalista esse, é conservador, na sua maioria, e nuncá entrará em violências, tipo "deitar uma bomba atómica em Israel".
e outro tipo de violencias, muito freauentes no Forum Nacional (porta vos do PNR)
os nacionalistas portugueses gostam muito que lhes fale de:
Deus
Patria
Família
Trbalho

eu já fiz activismo nas ruas e contactei directamente com centenas e centenas de pessoas no Porto e na Linha de Sintra(aqui gostam de ler os panfletos sobre a imigração) mas resumia-se sempre a tudo por andar hã volta destes assuntos.que acimna referi.

foras disto, é esquecer e afastar as pessoas.

Uma vez um militante disse a uma senhora que o Hitler era o deus dele. Olhe ela desata a fugir pela rua fora, como se tivesse "visto o diabo".

Anónimo disse...

Barandas

Quando é para dares graxa assinas com o teu nome, já asinas como anónimo. Para além de mentirosos és cobarde

Anónimo disse...

Primeiro, agradecia ser tratado por Sr. Barandas, que é assim que sou tratado por toda a gente e o respeitinho é muito importante. Quanto á particularidade de "mentiroso" e "cobarde", afinal verifico que este blog é parecido ou tem gente do Forum Nacional, o que é muita pena. Pensava ter encontrado o blog nacionalista ideal, mas fiquei agora muito desapontado . É que efectivamente nunca encontrei tanta gente em tão curto espaço de tempo, com tão baixa educação como no Forum nacional, e atenção que de cobarde não tenho nada, tanto que sempre por lá escrevi com o meu nome próprio e nunca com nicks, como os outros todos, afinal quem são os cobardes?.

Aqui não tenho problema nenhum em por o meu nome, pois
não tenho medo de ninguém.

Portanto agradecia que a pessoa que me insultou diga o nome, pois afinal também é cobarde????????????
Espero que não seja o victor Ramalho, porque esse homem é um grande nacionalista e de cobarde não tem nada.

Rui Carlos de Marçal Barandas
e-mail: rbarandas@remax.pt
Telemóvel: 93178 7877

Se desejarem o meu endereço de trabalho e residencia e B.I. é só pedir.

Anónimo disse...

Eu só gostava de saber, por mera curiosidade, quem foi que se me dirigiu, a tratar-me por "tu" de uma desilegãncia, que realmente, deixa qualquer pessoa educada, um tanto ou quanto chocada.Também achei piada, que essa mesma pessoa disse que quando quero engraxar.... Mas engraxar o quê e quem? Que necessidade tenho eu disso? Eu não preciso de engraxar ninguém, preciso sim de incentivar aqueles que estão a fazer um bom trabalho pela causa nacionalista em Portugal, como é o caso do Victor Ramalho.
Eu tive uma educação extrema. Ainda bem jovem, quando o meu pai, me apanhou a dizer uma asneira, apanhei uma tareia, que nunca mais me esqueci.Hoje, e muito em particular nos círculos nacionalistas de Portugal (Graças a Deus há execpções)não sei se por causa de uma obsessão sobre o Nacional Socialismo, a um nível de tal maneira radicalizado e escravo a este iedal que se nota uma linguagem de uma irreverência nunca antes vista em lado nenhum. Com isto o PNR, embora seja o partido ideal e desejável, corre o risco de se tornar radicalizado, e de de não ir a lado nenhum por causa de gente como esta.

Já informei o José Pinto Coelho por diversas vezes, para se rodear de gente de mais nível e educação, e mesmo no seu visual, é importante transmitirmos uma boa imagem, mas não, ele não liga.
Eu lembro-me de ter acompanhado militantes do PNR, quando ainda era militante também, fomos a Guimarãoes fazer activismo, e eu tinha vindo de uma reunião importante com estrangeiros e não tive tempo de mudar de roupa e então lá fui para o activismo de fato e gravata.

Sabem o que é que eu notei? Respeito e admiração e algumas pessoas vieram perguntar-me quem era eu.
E quando fui ali a um restaurante ao WC, a entrada estava bloqueada de muitos curiosos, mas todos se afastaram para me deixar passar.e alguns até me cumprimentaram com respeito.Algo que nunca tinha acontecido noutros activismos e então verifiquei que foi por estar vestido daquela maneira.

O nosso visual, o nosso comportamento e a nossa linguagem são um verdadeiro "passaporte" para o sucesso de uma empresa e neste caso de um partido político.

Ainda hoje sou contactado por muitas pessoas que me procuram de muitos pontos do país, que me procuram a saber de mim, devido ao activismo e dos contactos que fiz junto das populações tanto aqui no Norte com na Linha toda de Sintra.Porqu^? Por causa da maneira educada e agrada´vel com que sempre falo com as pessoas.

Sabe, há um ditado muito antigo que diz:
Quando se pronuncia ou está perante um homem de mérito, alguns há que como pequenos cães ladram como o fazem na presença de desconhecidos......................

Rui Barandas
rbarandas@remax.pt