quinta-feira, dezembro 25, 2008

A revolução já começou

Não questionemos se estamos plenamente de acordo, mas sómente se marchamos na mesma direcção

As palavras, nacionalista e revolucionário foram de tal maneira desonradas, pela demagogia, a mediocridade, que hoje são entendidas com uma indiferença que roça a condenação. Para resolver o problema temos de superar esses mitos políticos, fundamentados nos antagonismos económicos de uma sociedade dividida, temos libertar o nacionalismo do seu carácter burguês e reaccionário e a revolução do seu carácter proletário e igualitarista, temos de ligar de uma maneira orgânica e total a nação e a revolução de uma forma que só o patriotismo é capaz e ligar igualmente a revolução á nação como forma única de a salvar.
A crise financeira chegou oficialmente á Europa. Era de esperar que ela atravessa-se o atlântico e contamina-se as economias do velho continente. No dia 6 de Outubro de 2008 num dia fatídico 400 milhões de euros foram literalmente queimados nas bolsas europeias.
Contrariamente ao que o sistema pretende fazer crer a crise está para durar. De uma forma crescente ela foi-se tornando cada vez mais clara, atingindo proporções que a tornam irreversível.
O sistema estava habituado a crises económicas, agora depare-se com uma que de base económica é também social, cultural e que põe em causa a autonomia e independência das nações.
A crise não se vai resolver por pequenas medidas de ocasião, por remendos num sistema que já não aguenta a cerzirdela, mas de uma nova visão da sociedade, que deverá necessariamente mostrar-se mais frugal que a actual, porque deve ficar bem claro para todos que os tempos das vacas gordas acabaram e somos todos, de uma maneira ou de outra, responsáveis por este consumismo intolerável, que ao longo dos anos originou o cerne da crise e que está implodindo o sistema capitalista da forma a que hoje assistimos.
Em suma sirvamos a revolução
A Internet jogou um papel positivo no desenvolvimento do movimento nacionalista, ao permitir a circulação rápida da informação, facilitar a comunicação, difundir convocatórias, favorecer a emergência de meios alternativos de contra-informação, etc. Também se converteu num terreno em disputa e num espaço de formação de opinião no qual há que estar presente e que é estratégico para os movimentos.
Mas temos que recordar que as lutas sociais têm lugar no mundo real e que nem a Internet, nem o ciberactivismo devem substituir o contacto com as pessoas e com a organização nos centros de trabalho, de estudo e no bairro. Devem ser um instrumento para facilitar e dinamizar essas tarefas.
Para mudar as coisas é necessário não só acumular mal-estar face a situações injustas e dar-se conta delas, mas também ter confiança em que é possível fazê-lo. Seguramente, o poder que colectivamente temos que redescobrir é precisamente o facto de que temos o poder para “mudar o mundo de base”.

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