quinta-feira, março 26, 2009

A dualidade de critérios da CML


É espantoso como a Câmara Municipal de Lisboa, zelando pela boa imagem paisagística da cidade, proibiu no final de 2007, a afixação de cartazes no Marquês de Pombal e por diversas vezes essa directiva foi violada por partidos que, inclusivamente têm vereadores na Câmara.
Ou será caso para nos questionarmos se foi apenas o PNR o destinatário de tal missiva?
A partir dessa disposição camarária riscámos de vez, de qualquer plano propagandístico, a Praça tão apetecível para as nossas campanhas e, para nós, de grande carga simbólica. É que o PNR cumpre aquilo que soberanamente é estipulado por quem de direito. E a CML tem todo o direito de o fazer.
No entanto, aquilo que não podemos deixar de denunciar e condenar, é o facto de, após esse Despacho da CML, aliás diversas vezes reforçada, ter-se assistido a várias situações em que diversos partidos foram comer do fruto proibido, alguns dos quais repetidas vezes, e por bem mais de um mês.
Ora, não podemos deixar de comparar o contraste entre a permissividade camarária perante tais infracções, e a “zelosa” pressa do Vereador Sá Fernandes em roubar o cartaz que o PNR afixou, legalmente, em Outubro passado na Praça de Entrecampos - tendo a escolha do local obedecido à proibição daquela que seria a nossa escolha natural. Alegou então, o tirano Vereador, que se tratava de uma mensagem intolerante e mais a habitual ladainha de lugares comuns como manda o figurino do politicamente obrigatório. Claro está que, o verdadeiro motivo desse roubo, mais não foi do que o de não ter gostado de uma mensagem verdadeira e incisiva que bem sabe, é acolhida por um número crescente de portugueses e da qual não abdicamos: a imigração como fonte de criminalidade, desemprego, baixos salários, subsídio dependência, destruição da nossa identidade e de toda uma paleta de males que afectam gravemente os portugueses.
Só mesmo o ódio político é que o motivou a tal abuso de poder e ilegalidade, que lembramos, mereceu uma queixa-crime por parte do PNR, mas ainda sem resultados visíveis...
Voltando ao assunto em questão, o que sucede é que, quanto às directivas por eles mesmos emanadas, ao que parece, não há qualquer problema em que sejam transgredidas, desde que, claro está, não contenham mensagens “intolerantes”.
Assim é bom de ver como o Marquês de Pombal já foi alvo de afixação de cartazes por parte vários partidos sem que isso pareça incomodar os governantes da edilidade. Preocupações paisagísticas? Ah, isso…
Assim, qualquer pessoa pode verificar que hoje mesmo se encontram afixados no Marquês de Pombal um cartaz do Bloco de (Extrema) Esquerda, partido que fez eleger o Vereador Sá Fernandes e um outro dos seus congéneres ideológicos do PCP.
É ou não é uma vergonha esta dualidade de critérios?

FONTE

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