sexta-feira, dezembro 28, 2007

Cantanhede- Reabertura das urgências com urgência


O negócio da saúde vai de vento em poupa para o desgoveno da nação.
O fecho dos Serviços de Atendimento Permanente (SAP) e a diminuição das comparticipações do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em medicamentos e meios de diagnóstico e terapêutica vão permitir ao Ministério da Saúde poupar, pelo menos, 330 milhões de euros em 2008.
Depois do fecho de dez blocos de partos e de quatro Urgências hospitalares, o Ministério da Saúde prepara-se para encerrar mais SAP, de entre uma lista de 56 unidades a eliminar. Ontem fechou o bloco de partos de Chaves, a Urgência de Peso da Régua e os SAP de Alijó, Murça e Vila Pouca de Aguiar. Os protestos deverão aumentar de tom, mas não deverão convencer o Ministério da Saúde.
As críticas chovem de todos os lados dos médicos dos tripulantes das ambulâncias dos bombeiros das populações. Indiferente o ministro e o chefe continuam a penalizar a saúde, poupando onde não devem para poderem esbanjar em interesse próprio ou de terceiros.
Perante as criticas de algumas populações e sem as consultarem previamente algumas autarcas embarcaram num “protocolo” que se está agora a revelar um amargo de boca.
Ingenuamente ou não embarcaram num “negócio” que vieram defender. Isto é foram na conversa do ministro e acabaram por serem correias de transmissão das políticas impopulares deste governo e serviram também para acalmar os ânimos evitar as manifestações e outras formas de luta.
Agora muito tristes e sem saída descobrem que aparentemente foram enganados.
Não me espanta nada. Nunca vi o executivo com vontade de lutar a sério pelas urgências do hospital. Os sinais foram claros na reunião entre a câmara e os munícipes. Muita agua na fervura, muitas desculpas à comissão que “estudou” a questão das urgências.
Só resta às gentes de Cantanhede tomarem nas suas mãos a luta por uma melhor saúde.
Porque a saúde não é um negócio, Porque não pode haver descriminação na saúde. Temos de sair à rua e mostrar a este governo que as modificações não são do nosso agrado e não nos vão beneficiar.
Se os responsáveis pela autarquia quiserem marchar connosco tanto melhor. Não devemos é deixar mais aquilo que nos diz respeito em mãos alheias, tanto mais que o não souberam resolver em nosso proveito.

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