quarta-feira, dezembro 19, 2007
Saúde - Prognostico muito reservado
Os portugueses vão perder cerca de 300 mil consultas por ano nos centros de saúde devido à deslocação dos médicos de família para consultas nos hospitais. Esta é uma consequência directa do fecho de algumas Urgências hospitalares e Serviços de Atendimento Permanente (SAP), decidido pelo Ministério da Saúde, acusa a Ordem dos Médicos.
Como exemplo do que consideram ser a «farsa das consultas abertas», a Ordem dos Médicos estima que o centro de saúde de Cantanhede perca 30 mil consultas programadas por ano com o fecho da urgência do hospital e subsequente abertura de uma consulta aberta.
Com o encerramento da urgência de Cantanhede, a Ordem considera que as urgências dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC) serão sobrecarregadas.
«As urgências dos HUC não têm espaço físico nem condições para receber mais doentes do que recebe, de forma a tratar doentes com dignidade de seres humanos», declarou José Manuel Silva.
Para a Ordem, «multiplicando o que se passa em Cantanhede», serão centenas de milhar as consultas programadas nos centros de saúde que serão eliminadas.
O bastonário em exercício lamentou a «saga de encerramentos» na área da saúde, considerando que ainda não se concretizou a abertura de nenhum dos postos previstos para ter urgência básica.
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