sexta-feira, julho 25, 2008

Mais um menos um. Qual a diferença


O Presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang Nguema, afirmou hoje, em curtas declarações aos jornalistas, que espera que a entrada definitiva do país como "membro de direito" na CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa) seja discutida hoje pelos Chefes de Estado e de Governo reunidos em Lisboa.
Este pequeno país da África Ocidental, admitido em 2006 como país observador da CPLP, está no topo da lista dos países que mais violam os direitos humanos, que mais persegue os opositores, que mais censura os media, um dos mais fechados e isolados, que procura formas de quebrar o isolamento e a má reputação internacional.

6 comentários:

Mário Casa Nova Martins disse...

Caro Vítor, mas a Guiné Equatorial tem petróleo...
Abraço.

Rui Moio disse...

Se a Guiné Equatorial entrar definitivamente para a CPLP será o primeiro país não lusófono a integrar esta comunidade. E isto honra-me e alegra-me muito.
Honra-me muito também que o próprio presidente da República do País tenha vindo à cimeira numa demonstração do seu grande empenho na adesão do seu país à CPLP. Os laços antigos da portugalidade permanecem em Fernando Pó e na Guiné Equatorial como em muitos outros lugares de todo o mundo. Após o desastre e da catástrofe da denominada "descolonização" é bom, muito bom, constatarmos o quanto é poderosa a força da lusofonia.
Rui Moio

Vítor Ramalho disse...

Podemos constatar como é poderosa a força do petróleo, que faz com se feche os olhos e se admita numa comunidade um assassino.
Mas claro em nome do neocolonialismo aceitasse tudo.

Flávio Gonçalves disse...

Tem petróleo... não tem é língua portuguesa... que merda faz um país que não tem língua portuguesa na CPLP?

De resto... se a comunicação social ataca este governante e o embaixador estadunidense fugiu do país... bom... eu fico com a pulga atrás da orelha, se calhar até nem é assim tão mau o regime do senhor... (é a minha costela revisionista a questionar tudo o que a imprensa nos diz).

Rui Moio disse...

OBS: Solicito ao moderador do blogue Vitor Ramalho que substitua o comentário que enviei há pouco pelo que texto que agora envio.

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Não entendo a opinião de alguns comentaristas em relacionarem o interesse da Guiné Equatorial em se integrar na CPLP por ser um país produtor de petróleo!... ou, do interesse da CPLP na integração do referido país por ser um produtor de petróleo.

O interesse (de ambos os lados) não estará nos laços antigos de lusofonia que existem no país?
Não se esqueçam que existe um creoulo de origem portuguesa na ilha de Fernando Pó e que esta ilha não deixou de ser portuguesa por vontade dos seus habitantes.
Rui Moio

Vítor Ramalho disse...

A “Lusófona” Galp, já anda a sondar o país em questão.
A teoria da conspiração parece servir para umas coisas e para outras não.
A lusofonia não pode servir para encobrir déspotas, para justificar acordos ortográficos de traição e muito menos para servir de capa ao multiculturalismo, cujos benefícios poderem ser apreciados nos últimos acontecimentos em Loures.
Para o capitalismo todas as manobras são validas quando perpetuam a exploração.