quinta-feira, julho 24, 2008
Tomar: Absolvidos quatro arguidos acusados de crime de aborto agravado que resultou em morte
Esta notícia, não pode deixar de merecer a minha indignação e é reveladora da forma como se faz e aplica a justiça em Portugal.
Deixando de parte a questão do aborto, uma vez que face à actual legislação, todos os casos em tribunal, tendem a ter desfechos do género, é indignante, como a questão da morte da jovem é passada em branco ao abrigo de uma lei que nada tem a ver com a questão de fundo.
Uma médica obstetra, prescreve um medicamento, o Cytotec (usado na prevenção de úlceras gástricas e intestinais), na condição de haver consentimento de todas as partes, tendo explicado a toma (quatro comprimidos de duas em duas horas), os sintomas e os efeitos, garantindo não haver consequências para a saúde da jovem.
O medicamento acaba por causar a morte da jovem.
Mas o que tem a ver a estrada da beira com a beira da estrada, não estamos a falar de um acto médico e de um procedimento que foi legalizado? Não deviam ser duas coisas distintas perante a lei? Mas poderá um médico prescrever um medicamento, para uma doença que nem vem descrita nas indicações do mesmo e depois ao abrigo, das modernices do sistema a culpa morrer solteira?
Num país onde a justiça funcionasse, pais, namorado e medica deviam passar largos dias no calabouço, pois no intuito de se livrarem de um empecilho, carregam a culpa de duas mortes.
Mas este sistema segue e soma e é preciso denunciar constantemente estas monstruosidades, para que o povo acorde da longa noite “democrática”.
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