sábado, janeiro 10, 2009

Coimbra cidade segura?


Os responsáveis pela segurança, insistem em dizer que Coimbra é uma cidade pacífica. Ontem tivemos disparos na Av. Sá da Bandeira e no Bairro do Ingote, no primeiro caso depois de um casal ser violentamente agredido, estando os dois casos relacionados e oito dias depois do assalto à estação dos CTT do Rossio, os ladrões voltaram à freguesia de Santa Clara, desta vez ao posto dos Correios da Praça Campos Contente.
Em moldes semelhantes ao roubo da semana passada (de cara coberta e supostamente armados), o de ontem ocorreu na abertura dos Correios, sabendo-se que eram, pelo menos, quatro indivíduos.
Alguns já se questionaram sobre o facto de quase todos os dias privilegiarmos as notícias sobre criminalidade. Desde os primórdios da humanidade a segurança fez parte das preocupações do homem. Sem segurança as sociedades não prosperam. Nos dias de hoje a nossa segurança é posta em causa constantemente sendo um a sua falta um retrocesso na história da humanidade. Para melhor está bem, está bem. Não aceitamos o que o sistema nos tenta impingir. O aumento da segurança não é uma inevitabilidade.
Toda a politica criminal do sistema e sobretudo do governo, tem falhado no que toca à prevenção e combate à criminalidade.
Acresce que a sucessiva desvalorização do crime violento por parte destes «responsáveis», crime esse que tantas vidas tem ceifado e outras tantas famílias destruído no nosso país, é antes de mais uma inaceitável desconsideração e desprezo total pelas vítimas desses episódios. O Governo, e em especial Rui Pereira, demonstrou várias vezes que não tem capacidade técnica nem moral para exercer um cargo que envolve tanta responsabilidade. Por muito menos foram despedidos outros Ministros da Administração Interna. Que interesses obscuros protegem Rui Pereira? Porque é que este sinistro continua a ocupar aquele cargo?
A verdade é que os portugueses estão a ser vítimas, no seu próprio país, de bandos de criminosos que não se importam de matar e destruir a vida de terceiros a troco de alguns euros. O crime alastra a uma velocidade galopante e vivemos uma situação insustentável e sem paralelo na história recente do nosso país. Os partidos do sistema, culpados da situação, têm um discurso demagógico, populista ou securitário, que é usado para tentar disfarçar as suas políticas de destruição nacional.
É urgente reforçar e preparar melhor as nossas polícias, acabar com o sentimento de impunidade que alastra entre criminosos, agilizar e reforçar a aplicação da justiça, punir com serveridade os crimes contra as pessoas, repatriar os imigrantes que cometem crimes, e sobretudo acabar com o laxismo, preguiça e corrupção, reinante na classe política portuguesa.

3 comentários:

LUIS FERNANDES disse...

É o sistema que temos e que alguém, um dia, no entrevalo entre um copo e um charuto, se lembrou de dizer que de todo o piorio este era o menos mau. Lindo serviço que nos arranjaram. Estamos entregues à bicharada.

LUIS FERNANDES disse...

No meio do "entrevalo", para salvar a face do meu mau português, tenho de dizer que, apesar de tudo, tenho esperança que, quem nos governa,faça um intervalo -agora sim, fogo! é mesmo difícil- na dislexia interpretativa da criminalidade.

Anónimo disse...

A criminalidade precisa de um combate implacável

Os partidos de esquerda desculpam sistematicamente a criminalidade com o a pobreza e o desemprego. Parece terem receio de uma atitude mais enérgica na luta contra o crime. Será que ficaram traumatizados desde os tempos do fascismo? Esta postura está a desorientar o seu próprio eleitorado natural: os mais pobres que são também os mais desprotegidos face à criminalidade. Assim, os partidos de esquerda têm muita responsabilidade relativamente ao crescimento da extrema direita que tem um discurso bem mais sensato sobre o combate crime. Barack Obama que prometeu ser implacável no combate ao crime e defender ao mesmo tempo os mais desfavorecidos. Não me parece que isso seja incompatível.

Há 50 anos a pobreza em Portugal não era menor que a de hoje e a criminalidade violenta era praticamente inexistente. Se mais pobreza implicasse mais criminalidade, então não teria sido assim. As estatísticas nem reflectem a nossa realidade porque muitas vítimas já nem se queixam porque sabem que os criminosos são rapidamente postos em liberdade, mesmo quando são capturados e depois ficam sujeitos a represálias. Mela mesma razão, vítimas e testemunhas escondem a face quando são entrevistadas pela televisão.

Já há algum tempo um Mayor de Nova Iorque decidiu que não se deveria menosprezar a pequena criminalidade nem os pequenos delitos, porque a sensação de impunidade se instala nos jovens delinquentes, estes vão facilmente progredindo para infracções cada vez mais graves até que a situação se torna incontrolável. Implementou então a célebre "Tolerância Zero" que, como se sabe, deu óptimos resultados, reduzindo num só ano a criminalidade em Nova Iorque em cerca de metade.

A actual política portuguesa de manter na rua os criminosos, mesmo depois de várias reincidências, faz (como dizia o Mayor ) crescer a sensação de impunidade: o criminoso continua com as suas actividades criminais, vai subindo o nível dos seus delitos e serve de exemplo para que outros delinquentes mais jovens sigam o mesmo caminho.

Esta política errada está a atrair ao nosso país a criminalidade europeia (e não só), que se apercebe dos nossos cada vez mais "brandos costumes", daí a não ser estranho que quase metade dos condenados sejam estrangeiros.

Dificultar a obtenção de uma licença de porte de arma não tem qualquer efeito sobre os criminosos violentos. Quem acredita que eles tiram uma licença de porte de arma e a compram num armeiro legal? Não! Compram-na nos mercados do submundo do crime e muitas delas são até superiores às das polícias. O tempo em que os delinquentes faziam sobretudo uso de armas furtadas já lá vai, por isso dificultar a obtenção de uma arma legal serve para o criminoso se sentir mais seguro e impede a autodefesa da vítima, que pode sentir arrombarem-lhe a porta e nada poder fazer porque não tem com que se defenda. Há um ditado americano que diz: "mais vale ter uma arma e nunca precisar dela do precisar de uma e não a ter".

Enquanto isto acontece os nossos políticos vão desviando a atenção dos portugueses da realidade criminal do país: ora falando da "Violência Doméstica"; ora do número de detidos por "Excesso de Álcool relativamente ao permitido por lei"; ora da "Violência contra as crianças"; ora do problema da "Pedofilia"...


Zé da Burra o Alentejano