sábado, dezembro 15, 2007

Inflação rouba 35 euros a salário médio


Os portugueses têm sérias razões para estar preocupados com a tendência generalizada do aumento dos preços em 2007. A inflação média de 2007 em Novembro situava-se nos 2,4 por cento, acima dos 2,1 por cento previstos pelo Governo, o que implicará uma perda anual de 35 euros para os trabalhadores com o salário médio mensal de 840 euros, ou seja, que auferem 11760 euros ao ano. A redução no poder de compra torna-se ainda mais acentuada por força das fortes subidas das prestações mensais da casa, em consequência do disparar das taxas de juro.
Deste governo e deste sistema só temos a esperar mais do mesmo, isto é mais miséria e pior situação económica. Não se iludam no entanto, a crise vai ser só para alguns, porque alguns, poucos vão continuar a aumentar a riqueza. Denunciaremos sempre essas situações que vão começar a vir a lume quando as empresas começarem a publicar os resultados deste ano.
Com um salário médio igual ou inferior ao salário mínimo da esmagadora maioria dos nossos “companheiros” do tratado, cada vez mais nos afastamos da Europa.
Com os grandes salários muito maiores do que a esmagadora maioria dos salários dos congéneres europeus cada vez aumentamos o fosso social em Portugal.
Com a constante perca do poder de compra dos trabalhadores cada vez mais aumentamos as situações de miséria.
Com um sistema que todos os anos ou não querer, ou sabe prever a inflação, só podemos estar preocupados (leiam a noticia e vejam os “enganos” dos últimos dez anos).
Mas se essa preocupação não se traduzir em acções de rua que visem num primeiro momento impedir a concretização das politicas anti sociais do governo e num segundo a mudança do sistema, então significa que baixamos os braços e que o poder politico, qual correia de transmissão do capital, vai poder continuar com o seu modelo de “desenvolvimento”, que outra coisa não visa senão a exploração dos trabalhadores e a sua submissão à nova ordem mundial.

1 comentário:

Nero disse...

Só para alguns e para ficar, a crise que tudo para eles justifica.
Uma exigência de Luta comum a todos.


Cumprimentos.