sábado, abril 12, 2008

C.O.I. e China




Jacques Rogge, presidente do Comité Olímpico Internacional, afirmou ontem que os Jogos Olímpicos mergulharam num clima de crise, apelando à China para que respeitasse as promessas realizadas no campo dos Direitos Humanos.
A resposta Chinesa não tardou a chegar, o ministério dos Negócios Estrangeiros chinês pede ao C.O.I. que se abstenha de "factores políticos irrelevantes."
A troca de pontos de vista entre o C.O.I. e a China surge numa altura em que os ânimos se encontram ao rubro, após uma atitude condescendente do Comité face à repressão Chinesa no Tibete, desde 10 de Março.
De facto, os comentários realizados por Rogge, que se deslocou à China para um encontro com o Primeiro-Ministro Chinês Wen Jiabao e discutir os preparativos dos Jogos, foram os mais fortes desde o início dos protestos Tibetanos. Até então Rogge havia afirmado que o C.O.I. não poderia exercer qualquer influência na China. A onda de protestos em redor da passagem da tocha Olímpica por Londres, Paris e S.Francisco terá também contribuído para tal alteração de posição.
A tocha chegou ontem a Buenos Aires na Argentina, que será o único ponto de passagem na América do sul, e será protegida por cerca de 6000 polícias e guardas.
Em 2001, oficiais Chineses asseguraram que qualquer manifestante, incluíndo Tibetanos, poderia expressar as suas opiniões. "Qualquer pessoa poderá apresentar pedido de demonstração, que a polícia dará o local e hora para a mesma," afirmou Wang Wei secretário-geral do Comité de Pequim para os Jogos Olímpicos, numa conferência de imprensa em 2001.
No entanto após ter ganho a oportunidade de ser o país anfitrião dos J.O. a China afastou-se de tais promessas, insistindo que os Jogos Olímpicos são um evento desportivo que não deve ser "politizado."

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