domingo, março 16, 2008

A FENPROF demarca-se das manifestações contra o PS


Os “sindicalistas” da Frenprof condenaram a manifestação realizada à porta do comício do PS.
“Não faz parte do rol de acções dos professores a participação em contra manifestações junto de comícios de partidos, ainda que sejam comícios para o branqueamento das políticas do Governo”, afirmou o secretário-geral da FENPROF à RTPN.
Mais uma vez a esquerda chic e soft, para quando os sistema é posto em causa.
Em período de capitalismo desenvolvido e ainda mais na época imperialista, estes sindicatos transformaram-se cada vez mais em ligas gigantes que apresentam as mesmas tendências evolutivas já determinadas no corpo do próprio sistema. Formou-se neles uma classe de funcionários, uma burocracia que dispõe de todos os meios de poder e organização: dinheiro, imprensa, nomeação dos funcionários subalternos.
O movimento sindical longe de lutar contra o capital, contra as suas tendências absolutistas e geradoras de miséria, refreando-o as lutas dos trabalhadores torna assim possível uma existência limitada à sua função nos quadros do capitalismo, o próprio sindicato, é portanto, um membro da sociedade capitalista. O sindicato tornou-se legalista, sustentáculo declarado do Estado e por ele reconhecido,
Dado que os sindicatos são correias de transmissão do sistema, não podem ser "reconquistados" pela classe trabalhadora, nem constituir um "terreno fértil" para a actividade das minorias revolucionárias. Há mais de meio século que os trabalhadores têm cada vez menos interesse em participar da actividade destas organizações transformadas, de corpo e alma, em órgãos do sistema. De fato, as lutas de resistência trabalhadora contra a degradação de suas condições de vida tendem a tomar a forma de greves autónomas como está sendo o caso da luta dos professores. No futuro as lutas dos trabalhadores vão ser dirigidas por assembleias gerais de grevistas e, em casos nos quais se generalizaram, coordenadas por comités de delegados eleitos e revogáveis pelas assembleias, estas lutas vão-se situar imediatamente em um terreno político, na medida em que tiveram que se enfrentar com o Estado, neste caso representado pelos seus representantes na empresa: os sindicatos. Só a generalização e a radicalizarão destas lutas podem permitir ao povo passar ao assalto aberto e frontal contra o sistema. A destruição do Estado burguês implica necessariamente a destruição dos seus sindicatos.
Desviar as lutas para impasses de "folclore", isolando-as localmente; impossibilitar a unificação das lutas; canalizar a combatividade para acções ineficazes e desmoralizantes; enfraquecer a solidariedade de classe... Os sindicatos, no mundo inteiro, usaram esses estratagemas para molhar a pólvora social e sabotar as lutas. Exemplos não faltam.
É o povo, são os trabalhadores que hão-de encarregar-se de apoiar e vigorizar a vida portuguesa, pois a maior garantia do trabalho, da prosperidade e da vida digna das massas radica na força económica, moral e material da Pátria.
Continuar a apostar na pluralidade de associações patronais e Sindicatos, que hoje vigora, é reconhecer, implicitamente, a paródia de luta de classes permitida pelo sistema, que combatemos e tentamos superar.
É necessário, sim, que os Sindicatos façam a sociedade futura -pela integração numa só unidade vertical da mão-de-obra, incluindo os técnicos, intermédios e dirigentes - a quem se atribuam, após certo tempo e salvaguardando os interesses justos do capital, a propriedade de parte da mais-valia e do capital social das empresas( acções operárias por exemplo) quando não a direcção das mesmas, o que permitirá eliminar o capitalismo como factor proprietário e detentor exclusivo dos benefícios.
É necessário modificar totalmente todos conceitos e prática do Sindicalismo, de modo a pôr-se termo ao divórcio, senão aparente, pelo menos latente, que existe entre CAPITAL e TRABALHO, por um lado, e entre esses factores de PRODUÇÃO e a Pátria. Urge que um dique surja – forte, coeso, monobloco – às especulações do capital, outro à tirania aburguesada dos falsos dirigentes das associações operárias, situando as forças criadores (capital e trabalho) ao serviço de um Portugal melhor.
O Sindicato Nacional, como nós o entendemos, deve em consequência abarcar conjuntamente, num organismo unido, os diversos elementos que concorrem para uma mesma produção ou serviço, prescindindo-se da sua classe social; sindicato esse ordenado hierarquicamente, parte integrante e dirigente dos órgãos do Estado, e instrumento à disposição da economia nacional.
Portanto, o Sindicato deve ter uma estrutura vertical e única. Os interesses da profissão são os mais importantes, já que da sua defesa, da sua representação no seio do Governo depende a defesa real dos trabalhadores e dos patrões que estejam empenhados no processo produtivo; ambos solidariamente unidos na mesma organização, em partes proporcionalmente iguais, sem que as eventuais tentativas financeiras de uns, ou o maior número dos outros, possam entorpecer o funcionamento do Sindicato no seu espírito de justiça e interesse nacional, na sua conquista de um constante aperfeiçoamento moral e material, na sua procura de uma maior perfeição na produção e na distribuição da riqueza
As empresas, agrupadas consoante o ramo de trabalho, são controladas pelos Sindicatos Verticais, aos quais competirá a regulamentação e o incremento produtivo de cada sector. Esta estrutura é a trave-mestra socio-económica do Estado nacionalista.
O sindicato nacionalista não é um órgão de luta de classes, mas de representação profissional. O sindicato em si mesmo não é sinónimo de "luta de classes", o marxismo é que faz dele um instrumento para esse fim. Criou a arma económica que o capitalismo internacional utiliza para destruir as bases económicas dos Estados nacionais livres e independentes, para aniquilar a sua indústria e comércio nacionais e, graças à mesma, para escravizar os povos livres ao serviço da finança capitalista internacional, que está acima dos Estados.
Por esse facto, o sindicato nacionalista deve fortalecer a economia nacional através da concentração organizada de grupos determinados de participantes da vida económica nacional e aumentar a sua força, eliminando todos os obstáculos que influam de forma destrutiva no corpo popular nacional, ampliar também a força viva da comunidade popular a fim de que eventuais obstáculos não tragam prejuízo ao Estado e não se tornem depois a desgraça e a corrupção da própria economia.

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