O nuclear dos bons

Os Estados Unidos e o Bahrein assinaram segunda-feira um acordo de cooperação em matéria de energia nuclear civil, apresentado por Washington como um «modelo» para o Médio Oriente por oposição ao programa nuclear iraniano.
Resumindo e concluindo os USA vão arrecadar mais uns dólares e como tal todos os perigos desaparecem como por milagre, acrescente-se que certamente juntamente com a entrada do nuclear “bom” virão uma ogivas do mau, no sentido e aumentar a poderio militar dos USA na zona.
O Bahrein, país aliado dos USA é um simulacro de democracia e liberdade. O emir que se proclamou rei promulgou uma Constituição que lhe garante todos os poderes e ataca as (poucas) liberdades impostas pelo movimento popular. Foram retomadas as prisões arbitrárias, os antigos torcionários exibem¬ se novamente e foi dissolvida uma das principais organizações de defesa dos direitos humanos.
Nem a existência de uma relação directa entre a «falência económica» do país, a «repartição cada vez mais desigual das riquezas», a corrupção ao nível do governo e a situação de cerca de 80.000 cidadãos a viverem abaixo do limiar da pobreza, faz mudar a opinião dos americanos.
Prisões arbitrárias, tortura etc. são constantes neste estado, mas como os novos senhores do Templo os promoveram a bons, ninguém se atreve a dizer o contrário.