sexta-feira, agosto 29, 2008
Manobras de diversão?
A segurança é a prioridade principal do ser humano, assim o dizem os estudos e sondagens. Nos dias que correm o aumento galopante da criminalidade é um facto, apesar dos folclores mediáticos das operações policiais e das promessas de endurecimento da lei. Os criminosos que já tinham perdido o medo, perderam agora a vergonha e as páginas dos jornais, todos os dias noticiam mais criminalidade, mais violenta e mais ousada. Alguns opinion makers do sistema já se erguem a gritar, que a onda de criminalidade está ter uma “repercussão mediática desproporcionada”.
Dentro em breve num documentário patrocinado por uma bebida qualquer, uma Câncio ou uma Andringa, vão mostrar que nada aconteceu e que tudo não passou de uma alucinação colectiva.
O sentimento de insegurança é tão grande que nos faz esquecer a crise, os baixos salários, o preço dos combustíveis. A escumalha que o sistema teima em controlar ou não sabe controlar está prestar um melhor serviço, que o mundial e os jogos olímpicos.
Talvez aproveitando a ocasião, Ferraz da Costa, presidente do Fórum para a Competitividade e ex-presidente da CIP, traça um quadro negro sobre a evolução da competitividade externa do país, advogando que o ajustamento da economia só se fará com cortes nos salários.
Se os salários a que Ferraz da Costa se refere, são os dos gestores e demais companheiros a quem o sistema muito tem beneficiado, até tem o meu apoio, mas não é certamente a estes que ele quer fazer cortes. Eles e os políticos do sistema estão a pedir mais sacrifícios ao povo, mas certamente que nos seus bolsos ninguém vai mexer.
Dos assaltantes do BES, dos criminosos dos bairros “sociais” livramo-nos nós, Porque dos outros só a mudança d sistema nos vai livrar.
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