quarta-feira, fevereiro 25, 2009

Grande Entrevista a José Pinto Coelho



Caro José Pinto Coelho ,obrigado desde já pela disponibilidade concedida aos Blogues Terra Portuguesa e por ter aceitado responder a algumas questões, que esperamos serem esclarecedoras para os leitores desta nossa grande entrevista.

TP - Quais as expectativas reais que o PNR tem neste ano eleitoral decisivo para Portugal e para os Portugueses?

JPC - Quando se vive num ambiente de total descrédito nos políticos, de desânimo e encolher de ombros colectivo e num sistema onde os responsáveis pelo desastre nacional conseguem blindar o acesso à opinião pública, as expectativas reais do PNR não podem ser assim fundamentadas em parâmetros objectivos. As regras do jogo são extremamente desequilibradas e desiguais.
Eu não tenho a menor dúvida que o nosso partido, sendo defensor de causas únicas, teria forte aceitação no eleitorado e seguramente lugar na Assembleia da República se a sua mensagem passasse. Não duvido disso!
Sucede, contudo, que perante dados viciados e circunstancialismos aleatórios e alheios à nossa vontade, a chegada da nossa mensagem ao eleitorado é manifestamente escassa.
Muitíssima gente por este país fora não sabe sequer da existência do PNR. Outros há que, sabendo dela, não conhecem verdadeiramente as nossas causas, outros ainda, persistem no disparate inconsequente do chamado voto útil. Temos consciência de que muitos votos que são nossos por natureza, não entram nas urnas por esses motivos.
Mas para além dessas contingências a expectativa é de um claro crescimento, pois que, apesar de tudo, o nosso activismo tem permitido que o PNR chegue a um número crescente de pessoas e além disso o momento dramático da História nacional vem dar razão às nossas causas.
O PNR é uma “Chama” de esperança que vai crescendo.

TP - As preocupações do PNR são também aparentemente as de outros partidos, nas mais diversas matérias. Em que aspectos o PNR marca a sua diferença?

JPC - Disse bem: aparentemente. É que a aparência dá muito jeito para caçar uns votos…
O PNR não muda de discurso para caçar votos, antes defende com clareza aquelas que são as suas causas. Pode em determinados pontos, eventualmente coincidir com pontos de outros partidos. Mas a diferença entre os partidos faz-se sobretudo pelas bandeiras exclusivas e, nos pontos comuns, pelo discurso e praxis política e ainda peloas verdadeiras motivações que levam a certas tomadas de posição.
Não tenho dúvida que o PNR é o único partido que defende a nação. Por muita verborreia eleitoralista que o CDS possa ter, evocando a pátria, eles defendem a globalização e a União Europeia, sendo por isso cúmplices da destruição nacional.
Por muita mentira apregoada pelos comunistas do PCP e BE em defesa da justiça social, eles defendem a imigração, prejudicando os trabalhadores portugueses.
Estes são apenas dois exemplos, mas servem para ilustrar as diferenças para além das aparências.
Para o PNR o que importa essencialmente é a defesa das nossas cinco grandes causas: Nação, Família, Trabalho, Independência Nacional e Património Histórico-Cultural.

TP - Se o PNR, nas eleições legislativas que se avizinham, conseguir assento parlamentar, qual será a primeira proposta que apresentará?

JPC - O papel do PNR passa necessariamente por uma oposição determinada e frontal. Não ao governo A ou B em concreto, mas ao poder instituído. E desse poder fazem parte os cinco partidos que estão neste momento na Assembleia da República.
O PNR não se pode reger por esta ou aquela proposta pontual, pois para nós é preciso inverter toda uma mentalidade, uma atitude e um caminho. Assim não importa qual seria a primeira ou as seguintes propostas, mas sim saber-se que o PNR se baterá firmemente pela alteração da lei da nacionalidade e da lei da imigração, pela moralização da Administração Pública, pelo apoio às famílias portuguesas e pela promoção da natalidade de portugueses, pelo apoio às forças da ordem, pela cultura de vida, pela mudança da Constituição…
Enfim, o PNR quer mostrar aos portugueses que é necessária uma força incómoda que denuncie todas as desgraças, descaminhos e desgovernos que emanam daquele hemiciclo e que aponte caminhos novos. Caminhos bem diferentes daquele trilhado pelo partido único com cinco secções que temos tido naquela Assembleia.

TP -Em tempos disse que a corrupção que existe no país sai mais caro que a crise. Pode desenvolver esta afirmação?

JPC - Quando falo em corrupção não me refiro apenas às ilegalidades, que são mais que muitas, mas também às imoralidades. Ambas se têm praticado em Portugal, de forma generalizada, desde o 25 de Abril têm servido para aniquilar o nosso país enquanto nação e a sua perspectiva de futuro. Todas as actuações dos dirigentes, que sirvam interesses próprios ou de grupo, lesam e muito os interesses nacionais e o povo português.
Se temos dois milhões de pobres, não se deve seguramente a esta ou aquela crise, mas sim a uma situação crónica de falta de atitude e excesso de oportunismo que tem levado a que os ricos estejam cada vez mais ricos e a classe média cada vez mais pobre. É justamente a ganância e aproveitamento de cargos políticos ou de gestão que levam ao enriquecimento de alguns e abandono de muitos com consequente empobrecimento da grande maioria.
Nesta lógica dos dirigentes se servirem em vez de servirem, recorrem eles sistematicamente a ilegalidades ou mesmo ao ajuste das leis em benefício próprio ou de interesses sectários que na verdade são de uma injustiça e imoralidade gritantes. Daí eu afirmar sempre que Portugal é como uma mãe que não dá de comer aos seus filhos.
Um dirigente que para favorecimento próprio ou da sua empresa, partido ou lóbi, actue sem se importar com os danos causados à pátria, ainda que não cometa ilegalidades (admitamos…) tem uma conduta corrupta.

TP - É evidente então para si a existência de uma crescente promiscuidade entre o poder político e agentes económicos privados? Que medidas proporia o PNR para inverter esta situação?

JPC - É evidente! A permanente dança de lugares entre os mesmos de sempre que ora estão no governo ou em outros cargos políticos ou de administração pública, ora saltam para grupos financeiros privados ou públicos, com chorudos ordenados e prévia garantia de reformas imorais, fala bem das políticas de compadrio e de saque à nação. De novo: corrupção.
As situações são tantas e tão diversas que não é possível falar-se em medidas casuísticas. É preciso que a Justiça actue. Não pode haver este clima de impunidade onde o crime compensa.
Os culpados têm que restituir tudo aquilo que roubaram, mas para isso é necessário enfrentar poderes como a maçonaria e lóbis que protegem uns e outros, mantendo este clima de impunidade e vergonha.
É urgente enfrentar este polvo asfixiante, condenar todos os saqueadores do erário público e correr com os que têm praticado políticas anti-nacionais.
Mais uma vez, insisto, não se trata de implementar esta ou aquela medida pontual se tudo, no fundo, se mantiver igual. Os partidos de sempre adoram falar em novas medidas, quando na verdade as tomam sempre para que tudo se mantenha na mesma e os privilégios também.
Esse, não é portanto o nosso discurso. Dizemos claramente que Portugal tem que dar uma grande vassourada nesta classe política. É necessário que à frente dos cargos públicos estejam pessoas motivadas para servir a nação. Para tal dêem força ao PNR.

TP - Falando do poder político, acha que os políticos devem ser juridicamente penalizados pelo incumprimento de uma promessa eleitoral, como uma violação de um acto administrativo tipificado?

JPC - Tal não seria necessário se as pessoas não passassem quatro anos a dizer mal deles, para depois lhes voltarem a dar o voto… É com mágoa que o digo, mas esses têm o que merecem, já que reconduzem mentirosos, ainda que alternadamente.
A penalização para os profissionais de promessas por cumprir deveria ser a morte política. A penalização judicial, a meu ver, tem que ser para as irregularidades praticadas e não para as promessas por cumprir. Acredita quem quer. Quem vota nos mesmos culpados de sempre e neles ainda acredita, tem afinal aquilo que merece…

TP - Que futuro prevê para um país que consome mais do que produz, endivida-se a cada dia que passa e em tempo de crise reduz o seu tecido industrial/ agrícola, enviando para o desemprego milhares de trabalhadores? Como dizer às pessoas que votar no PNR é votar na solução?

JPC - Não vejo futuro nenhum senão a servidão, caso o panorama se mantenha. Se continuam a dar o voto de confiança aos responsáveis pelo descalabro nacional é claro que nada muda.
As pessoas têm de perceber que votar no PNR não é votar num pacote de medidas que acabem por ser “mais do mesmo”, mas sim votar numa mudança radical que inverta a 180 graus os rumos de Portugal. Tão simples como isto.
Com o PNR os fluxos migratórios seriam invertidos, a permanência na EU estaria em causa, a cultura de morte (aborto, homossexualidade, eutanásia, droga) teria os dias contados. O espírito de serviço dos governantes seria um ponto de honra.
Para nós é imperativo investir na Família, no crescimento demográfico e vitalidade do nosso povo.
Para o PNR é fundamental que os centros de decisão e sectores vitais para a independência e economia nacionais, quer estejam em mãos públicas ou privadas, sejam tutelados pelo Estado para haver garantia de servirem os interesses nacionais.
Portugal não pode continuar a consumir muito mais do que produz. O tecido industrial, a agricultura e as pescas têm que ser reanimados e apoiados.
Numa palavra: o PNR tudo fará para que Portugal alcance, sempre e em cada momento, a maior independência possível e apenas a dependência estritamente necessária. O que se passa hoje é bem o contrário disso…

TP - O ano de 2008 foi um ano em que a criminalidade brutal e violenta aumentou significativamente. Qualquer português seguramente tem bem presente na memória casos como o do assalto à dependência do BES e o tiroteio entre a comunidade cigana e africana em Loures, para citar apenas os mais mediáticos. Que medidas concretas o PNR apresenta em matéria de segurança?

JPC - O PNR não hesita em dizer que a criminalidade crescente foi importada com a imigração e propõe três linhas orientadoras fundamentais que definem a nossa política em matéria da segurança.
Assim, quanto à imigração - que, ao contrário do que diz a propaganda oficial, não é benéfica, mas sim um verdadeiro cancro - é imperativa a inversão dos seus fluxos através do repatriamento dos marginais, dos ilegais e dos subsídio-dependentes.
No que respeita às forças de segurança, defendemos a modernização e reestruturação das polícias, passando pela fusão da PSP e GNR, para fazer face ao crime organizado e às ameaças do mundo actual, a devolução de autoridade à polícia e meios eficazes de actuação, o que significa, equipamento, preparação e dignificação da carreira dos profissionais da polícia.
Naquilo que diz respeito à vertente judicial, defendemos a redução da inimputabilidade penal para os 14 anos, o julgamento rápido dos crimes e cumprimento efectivo das penas.
Tem que haver vontade política para implementar estas medidas e fazer face ao crime.

TP - Há poucas semanas um polícia foi brutalmente espancado em Lisboa por um grupo, dois foram detidos em flagrante delito (um deles de nacionalidade brasileira em situação irregular no País). Apresentados a Tribunal, saíram em liberdade com a medida de coacção mais leve (termo de identidade e residência), mesmo ainda antes de o agente agredido ter recebido alta hospitalar. Que País é este?

JPC - É um país que está de pernas para o ar!... Onde os polícias são os maus e os criminosos os coitadinhos.

Nota : A 2º parte da entrevista com José Pinto Coelho, será publicada no dia 27 de Fevereiro.

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