segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Mais de 70 mil desempregados


Os centros de emprego receberam em Janeiro inscrições de 70.334 trabalhadores desempregados, um aumento de 44,7 por cento em relação a Dezembro e mais 27,3 por cento na comparação com Janeiro do ano passado, anunciou hoje o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).
O sistema está em crise, talvez a pior das crises dos últimos tempos. As contradições são muitas e embora os políticos do sistema tentem colocar remendos, mais tarde ou mais cedo estes acabam por rebentar.
Os partidos do sistema fazem parte do problema, não podendo ser solução para o mesmo.
Uma nova forma de pensar de agir e de estar é necessária.
O velho sistema político não tem protecção eficaz contra os principais factores, tradicionalmente considerados, que ameaçam a nossa existência e bem-estar: a guerra o terrorismo e o imperialismo (no plano externo) e o crime e a corrupção política (no plano interno). (Dever-se-ia acrescentar aqui mais um factor que constitui hoje uma, talvez a principal ameaça real, não à democracia formal, mas ao processo substantivo de democratização da sociedade: o banditismo de Estado, geralmente praticado por quadrilhas que logram se instalar na chefia de governos pelo voto e que passam a parasitar a democracia, pervertendo a política e degenerando as instituições.)
A preocupação principal do actor político tradicional não é a de fazer conexões com outros actores para incluí-los na comunidade política e sim a de obstruir caminhos para impedir que outras pessoas possam ter acesso ao seu âmbito de participação (e aplica-se perfeitamente a ele o dito de Paul Valéry, segundo o qual “a política é a arte de impedir as pessoas de participarem de assuntos que propriamente lhes dizem respeito”).
Na verdade, o país já sentiu que deste sistema nada virá de importante. E que deste sistema partidário já nada há a esperar quanto a impulso reformador de um sistema político profundamente caduco e ultrapassado, que cada dia que passa cava mais fundo o fosso do alheamento do país em relação às suas instituições.
E como o país precisa de um novo projecto. Quase sem se darem conta no dia-a-dia, os portugueses apenas são chamados hoje a participar nas eleições de quem manda menos e não riscam absolutamente nada na escolha de quem manda mais.
Nalguns sectores da sociedade os ventos de mudança começam a soprar, mas é preciso transforma-los num grande ciclone que mude profundamente o sistema, pela democracia pelo Socialismo e pela Pátria.

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