quinta-feira, fevereiro 12, 2009
Saldanha Sanches sugere fim dos bombeiros voluntários
O fiscalista Saldanha Sanches sugeriu hoje a profissionalização dos bombeiros e o fim do regime de voluntariado. Segundo o especialista em finanças, o regime de voluntariado é, neste caso, oneroso para os contribuintes e dispensável.
Já não é primeira vez que vejo este Sr. dizer umas banalidades, fazendo jus a sua faceta demagoga.
para estes cultores do materialismo a so0lidariedade, o servir sem procurar pagamento, fará sempre confusão.
Para além de tudo esta barbaridade, a juntar a muitas barbaridades a que este mentor ao serviço do sistema já nos habituou, são uma ofensa às centenas de homens e mulheres, que abnegadamente, servem a comunidade.
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5 comentários:
Privatizem-se! De preferência para uma empresa de amigos ou assim. Este senhor gosta muito de se armar em perito em tudo e mais alguma coisa. É mais um dos "doutores em tudologia" que por aí andam.
Mais uma imbecilidade!
Quer o Prof. Saldanha Sanches resumir tudo a uma questão de dinheiro. O dinheiro não é tudo. Esta medida, a ser implementada, desvaloriza o serviço abnegado de milhares de voluntários, que têm dado o seu melhor à sociedade ao longo de anos. Infelizmente, chegamos à conclusão que este senhor não fez contas ou é mais um a querer destruir a vida de milhares de bombeiros voluntários e a terminar com um serviço inestimável às populações.
Se em simultâneo com esta ideia acabarmos com o resto dos centros de saúde, hospitais, escolas e faculdades, provavelmente o Estado poupa muito mais. Que acha Professor?
Se os bombeiros voluntários portugueses, aqueles que trabalham absolutamente de borla, voluntários por opção nas profissionais na acção (claro que certos imbecis não acreditam nisto), passassem a ser remunerados o que custaria de facto?
Podemos fazer um exercício simples ainda que redutor veja-se:
Calculando para 470 corpos de bombeiros voluntários uma força mínima em permanência para intervenção ao minuto de 1 brigada ou seja 2 equipas de 6 elementos cada e um chefe de brigada teríamos 13 bombeiros.
Assumindo que cada um trabalharia 8h de turno em cada 24h, necessitaríamos de 39 bombeiros. A estes deverá acrescer uma reserva para férias licenças e reforço de + 1 equipa ou sejam + 6 bombeiros. Dever-se á ter em conta ainda a necessidade de pelo menos 2 elementos de comando, garantindo assim sempre a disponibilidade de um deles o que fará agora com que o nosso corpo de bombeiros imaginário tenha 47 bombeiros.
Quanto custa isto só em salários? Depende é claro dos bombeiros que queremos, isto é bem qualificados e profissionais capazes de salvar a vida até ao mais imbecil dos imbecis. No entanto é de esperar que o imbecil decidisse que cada bombeiro não podia ganhar mais do que €450 por isso vamos multiplicar.
47 x €450,00€21.150,00 x 14 meses = €296.100,00 x 470 corpos de bombeiros
€139 167.000,00
Bem mas de certeza que nem toda a gente é imbecil e o vencimento médio numa estrutura nacional de bombeiros profissionais (remunerados), fosse de €750,00 então a fruta era de:
47 x €750,00 = €35.250,00 x 14 meses = €493.500,00 x 470 = € 231 757.000,00
Bem e o subsídio de refeição? €4,00 acho que até o imbecil concordaria, então:
47 x €4,00 = €188,00 x 22 dias = €4.136,00 x 470 corpos de bombeiros =
€1 943.920,00
Bem mas o equipamento individual de combate custa por bombeiro(a):
1 fato de protecção homologado, considerando 40% desconto = €450
1 par de botas de trabalho €50
1 capacete de combate urbano €100
1 capacete de combate florestal €100
1 par de luvas €5
2 uniformes de trabalho €40
€745,00
47 bombeiros x 470 corpos de bombeiros = 22090 bombeiros X €750
= € 16 567.500,00
E o seguro de acidentes de trabalho? e o custo dos quartéis, e o custo das viaturas e o custo dos restantes equipamentos, e as horas extraordinárias no verão para as quais os actuais 40.000 bombeiros não chegam?
Olha lá ó imbecil, quando o corpo de bombeiros que comando tem um orçamento esmagado até à última possibilidade, em que os bombeiros compram parte do seu fardamento e equipamento porque a Associação que nos detém não pode fazê-lo, porque procura gerir um orçamento anual de quase de €500.000,00 para pagar despesas incluindo as originadas pelas missões e exigências do estado que depois não paga, aqui incluindo grande parte dos custos do combate aos incêndios florestais entre outros, como é que tiras o coelhinho da cartola, vais pedir ao BPN ou ao BPP?
E o miserável pagamento de €7,50 pelo transporte de emergência de um cidadão ao hospital que o estado paga algumas das vezes aos corpos de bombeiros, nota que os veículos dos bombeiros não são táxis, têm equipamentos especiais e caros, e o material que se consome para socorrer e dar conforto à vitima o estado não paga, somos nós que o suportamos meu imbecil.
Olha se eu gerisse um corpo de bombeiros apenas com as verbas que descrevi, garanto-te que tu meu imbecil não ias querer ser socorrido por nós.
António José Marques Rodrigues
Comandante do CBV 1148 Pontinha
Será que este senhor alguma saberá o significado da palavra de voluntáriado???
Se não souber, saia do seu gabinete e do seu cantinho de trabalho remunerado e bem, e venha conhecer o mundo cá fora.
Está convidado a deixar familia, filhos, animais, etc e dar a sua vida por uma causa... Num momento, num instante...
Haverá alguma vez pagamento suficiente para isso???
Este senhor não deverá dar valor a isso...
Pura demagogia... Senhor Saldanha Sanches...
Uma pergunta: Já trabalhou em prol de algo ou de alguém sem esperar nada em troca???
Pois não deve saber o que isso é...
Uma pessoa com a sua classe social deveria saber o siginficado da palavra voluntário...
"Voluntários na remuneração, mas sempre profissionais na acção"
O Corpo de Bombeiros Voluntários de Loures (CBVL) é constituído por 120 bombeiros voluntários (além de aspirantes e cadetes, em formação) dos quais, sem perderem a titularidade de voluntários, 14 têm um regime especial de permanência, devidamente contrato e pago, de 2ª a 6ª feira, durante 8horas por dia e por turno.
O CBVL efectuou em 2008 um total de 31.135 serviços, dos quais 23.875 são serviços de rotina de doentes e 7.260 são de emergência praticados pelos referidos 14 bombeiros em regime de permanência (incêndios, acidentes e emergência pré-hospitalar).
Os 14 bombeiros em regime parcial de permanência de 2ª a 6ª feira, trabalhando em dois turnos consecutivos das 17H00 às 22H00, continuam, como voluntários, a assegurar, com os restantes, os períodos da noite, de sábados, domingos e feriados.
Os 14 bombeiros em regime parcial de permanência auferem por contrato um total de 210.000 euros de retribuição por ano.
Se o CBVL fosse profissionalizado, em vez de dois turnos por dia teria que ter pelo menos cinco turnos (note-se a cobertura integral de 7 dias por semana), o que implicaria um pagamento anual de retribuições (incluindo subsídios de turno), num total de 720.000 euros.
Que nos diz a isto o Dr. Saldanha Sanches?
Com os melhores cumprimentos,
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