quarta-feira, novembro 28, 2007

Angola está a operar militarmente no Congo


Angola é hoje uma sombra daquilo que era no tempo colonial.
De um território em vias de desenvolvimento, transformou-se num país dependente do petróleo e dos diamantes, governado por meia dúzia de famílias que vivem na opulência enquanto o povo morre de fome. Aqueles países que tanto criticaram o nosso envolvimento em Africa ainda o “rei não estava morto” já se tinham posto nas ex-colónias. O grande capital apátrida bem pode agradecer a ajuda dos Soares e dos Almeidas.
Feito o acordo de paz entre UNITA e MPLA parecia que a paz ia voltar a Angola, no entanto outra frente de luta se abriu no enclave de Cabinda.
A repressão tem-se abatido sobre o povo desta zona, sem que os organismos internacionais tenham sequer mexido uma palha para o impedir. Quem manda na ONU não lhe interessa que o assunto seja discutido, não vá Luanda não gostar e acabar-se assim a mama do petróleo e dos diamantes.
Agora, testemunhas garantem que 274 militares da Forças Armadas de Angola (FAA) «fortemente equipados» violaram a fronteira de Massabi e estão operar no território da República do Congo (Brazzaville). Angola ainda não reconheceu oficialmente a operação e o Congo tarda a manifestar-se. Ou estamos perante uma invasão de um pais soberano ou o Congo é cúmplice nesta incursão que visa seguramente perseguir elementos dos movimentos de libertação de Cabinda.
O exército do MPLA é responsável pela chacina de centenas de cabindenses, tudo leva a crer que agora com a colaboração do governo do Congo e o desinteresse táctico dos países ocidentais.
A cimeira Europa Africa que agora se aproxima vai decerto passar ao longe deste problema, mas não vai deixar de criticar Mugabe. Aos amigalhaços do mundialismo tudo é permitido os outros ou entram na linha ou levam com toda a artilharia em cima.

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