quinta-feira, novembro 22, 2007

“Só há fartura de uma coisa, fome”

Os nossos governantes têm feito o possível e o impossível para mentalizar os portugueses que é preciso cortar nas despesas para equilibrar o Orçamento de Estado. Então cortam na Saúde, no Ensino, na Justiça, etc. etc. Só que na Saúde, para não falar das outras áreas, continua-se a esperar cinco anos para uma consulta de ortopedia. Aconteceu no Hospital do Algarve. Desculpa do director: "Isto acontece porque não temos médicos suficientes para certas especialidades". Pergunta-se e porquê? Se o Sr. ministro da Saúde, porque o Dr. Alberto João Jardim disse que na Madeira não havia médicos suficientes e especialistas para fazer o aborto, anunciou de imediato, a disponibilidade para transferir médicos para a Região Autónoma da Madeira, a fim de ali se poder aplicar a interrupção voluntária da gravidez, de modo a que a lei seja executada em todo o território nacional. Para isto, há dinheiro e médicos, mas não existe a mesma disponibilidade para transferir para lá médicos especialistas em oncologia. Os doentes, que nada fizeram para terem necessidade de se tratarem dessa ‘terrível doença’ que é o ‘cancro’, têm de vir ao continente, a expensas próprias, ou seja, têm de pagar do seu bolso, se quiserem ser tratados, ou então deixarem-se morrer. Para isto já não é território nacional? Podem faltar médicos para tratar os doentes, mas não faltam para fazer abortos.

Joaquim Gonçalves Dias

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