quinta-feira, novembro 22, 2007

Manter a segurança exige a “colaboração de todos”


Capitão responsável pelo Destacamento de Cantanhede da GNR, Marco Santos, explicou ao DIÁRIO AS BEIRAS alguns dos factores que levam ao aumento da criminalidade.
Falou muito, disse muito pouco. Ou o Sr. Capitão pretende chegar longe na hierarquia e por isso tem de ser politicamente correcto ou tem medo de falar, pois os saneamentos andam ai.
O crime não diminui em Cantanhede, antes pelo contrário o que acontece como já tenho escrito, é que muita gente não o participa às autoridades, pois sabe de antemão que a queixa se vai perder nos corredores das policias, dos tribunais ou do novo código.
Basta passar junto aos prédios que confinam com as Escolas Básica e Secundária, para vermos jovens a fumar droga. Basta darmos uma volta à noite pelo concelho e não vermos um único guarda, a não ser nalguma operação stop para angariar dinheiro e ajudar no combate ao défice.
A segurança é de facto um trabalho de todos, baseia-se sobretudo na prevenção, e neste particular as nossas forças policiais falham redondamente, não por culpa própria mas por culpa da política do sistema e da falta de efectivos.
O clima de medo e de impunidade que todos sentimos, cria um sentimento de revolta que a breve trecho se vai traduzir numa “colaboração” mais notória a criação de milícias populares para guardar o que é nosso, porque o estado guarda é os gordos burgueses que alimentam ou se alimentam do sistema.

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