quarta-feira, novembro 07, 2007

NO PASSARAN


O sistema burguês tem necessidade de ter as diversas tendências politicas bem arrumadas no armário. Como tal qualquer movimento que tente sair do status sofre o bombardeamento tanto da esquerda como da direita porque perturba a estratificação e incomoda aqueles que necessitam de ter uma referências para mais facilmente assim dispararem as suas criticas e poderem estigmatizar o adversário.
Há dias numa sessão de esclarecimento sobre a co-incineração alguém dizia com propriedade e acutilância que estava a preparar a revolução do 26 de Abril onde pretendia juntar o melhor do 24 com o melhor do 25. Esta frase tem muito que se lhe diga, uma vez que ultrapassar os conceitos e as palas de esquerda e direita são a meu ver a única alternativa na busca de uma sociedade mais justa, no caminho de um socialismo humanista que tendo com pedra basilar a direito à propriedade privada e reconhecendo que o igualitarismo é uma utopia desmentida pela natureza e desmontada pela etologia uma vez que está provado que as sociedades animais onde existe igualdade são sociedades em vias de extinção. Este conceito político demarca-se assim do socialismo marxista, visto como um capitalismo de estado, onde o patrão é substituído pelo funcionário do partido, sendo portanto mais uma de perpetuar a exploração e impedindo a existência de uma verdadeira democracia.
A luta de classes não é uma invenção do marxismo, ela existirá enquanto o capital não for posto ao serviço da comunidade, isto é enquanto ele não estiver ao serviço de todas as classes e deixar de ser usado em proveito de um pequeno número de famílias.
Esta maneira de estar no mundo esta bipolaridade politica, parece estar a incomodar a esquerda e a direita, de maneira que no intuito de classificarem o pensamento nacionalista revolucionário recorrem às mais diversas categorias que a prateleira bafienta do sistema possui. A nova moda é acusarem-nos de antifas.
Somos antifas quando comemoramos o 1º de Dezembro.
Fomos antifas quando colamos milhares de cartazes e distribuímos kilos de panfletos contra o aborto.
Fomos antifas quando fazendo nossa a causa do povo nos manifestamos em Santa Comba Dão.
Fomos antifas quando fizemos o 10 de Junho em Coimbra.
Continuaremos a ser antifas porque incomodamos aqueles que nada fazem.
No meu caso particular fui antifa quando a seguir ao 25 de Abril juntamente com outros camaradas estive na rua a lutar contra os antifas desculpem contra os socialfascistas.
É caso para perguntar a esses antiantifas de circunstância: “ Onde é que estavas no dia 26 de Abril?”

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