terça-feira, novembro 06, 2007

A internacional capitalista e a resposta lógica


A coberto da bandeira da democracia, a Casa Branca utiliza os seus enormes recursos militares e económicos para minar a soberania dos outros países em benefício próprio.
Esse estandarte é somente o símbolo do internacionalismo capitalista.
Segundo analista norte-americano William Plaff “ o grande perigo que paira sobre os Estados Unidos é a ideologia pseudo marxista de hegemonia agressiva em relação á segurança no mundo”. A realidade mostra-nos no entanto que o perigo vem do governo da Casa Branca e na sua agressividade não é nada de novo e nem se alimenta das raízes do marxismo, mas sim na própria composição capitalista da globalização da economia, da sua ambição de dominar todos os mercados para poder finalmente “libertar” a sua economia á custa das pessoas e países.
O capitalismo cobre-se com uma novo colonialismo, é preciso recordar que grande parte dos países ricos em recursos naturais ou cuja situação fosse valiosa no plano estratégico estiveram governados ou submetidos a um conjunto de potencias coloniais que agora se chamam União Europeia. Foram essas riquezas que os fizeram perder a sua independência e são os interesses do capitalismo perpetrado nos Estados Unidos, principalmente em “democratizar” os seus países que lhes infunde o maior dos medos. A experiência a historia são os valores pedagógicos dos povos e estes muito dificilmente se deixam enganar de novo por muito que a forma de vender a colonização seja diferente.
O papel que os Estados Unidos estão desempenhando actualmente é completamente diferente ao utilizado durante a guerra-fria, quando eram considerados uma barreira que travava as ingerências soviéticas. Depois da II Guerra Mundial a Rússia (a URSS) tentava de forma continua mudar os sistemas políticos de outros países mediante revoltas ou intervindo directamente através das armas. Actualmente são os Estados Unidos os principais inimigos dos diversos países, minando a sua soberania utilizando os seus poderosos recursos militares, económicos e culturais. E agora é a Rússia que parece converter-se no baluarte pela luta pela soberania nacional frente á subversão internacionalista
No dia 16 de Outubro Putin visitou o Irão, esta foi a primeira viagem de líder russo desde o ano de 1943 quando Estaline por lá passou. Com este gesto Rússia está mandando uma mensagem ao mundo, concretamente aos países que vem ameaçando a sua soberania, e em tudo o que implica para manter a independência dos estados não alinhados com os USA. Esta mensagem é reforçada pelas anteriores visitas e acordos
Com a Venezuela de Chávez que também recebeu a visita do presidente do Irão Mahmud Ahmadineyad.
A intenção americana de separar os países que não seguem as suas directrizes teve o efeito oposto de criar uma dissidência anti americana. Por todo o mundo estão a associar-se países que têm sómente em comum o desejo de manter a sua liberdade independência e soberania contra a destabilização alimentada pelo internacionalismo capitalista com sede nos Estados Unidos.
O eixo Moscovo Teerão Caracas não é uma frente constituída para criar outro pólo de dominação, mas sim uma resposta lógica ante os incessantes ataques do internacionalismo capitalista aos povos de todo o mundo. Apesar das suas posições politicas antagónicas, os russos, os venezuelanos e os iranianos compreendem a necessidade de ultrapassar as diferenças políticas e fazer frente a um inimigo superior e comum. Ao mesmo tempo pretender criar um contra poder económico onde as relações comerciais do jugo capitalista e partir dai dar saída às grandes quantidades de recursos naturais de forma bidirecional, fazer face a necessidades matérias e recursos de todo o tipo para poder continuar a construir a resposta dos povos frente ao mundialismo.

Tradução livre

2 comentários:

Flávio Gonçalves disse...

Excelente texto do Urioste.

Anónimo disse...

¡Muchas gracias camaradas!

Arriba Portugal, Arriba España
¡Viva la revolución!