segunda-feira, janeiro 28, 2008

A televisão intoxica o corpo e a alma


Para responder a esta questão vejamos o resumo de um artigo publicado no Jornal Courrier de LÓuest e intitulado “Os psicanalistas acusam a televisão”. Este artigo fazia o relato do 4º Congresso da Associação de Psiquiatria Europeia em Estrasburgo onde se referia a influencia dramática que uma série exibida na televisão Alemã, em 1981 e novamente em 82, exercia sobre os adolescentes.
Na série um rapaz atirava-se para debaixo de um comboio.
O impacto desta série foi estudado com grandes precauções pelo Instituto Central para a saúde Mental de Mannheim. As estatísticas fornecidas pela Bundesbain (Sociedade de Caminhos de Ferro do Oeste Alemão), após comparação com os dados doa anos anteriores, foram eloquentes, no decorrer dos 35 dias que decorreu a difusão da série e nos meses sequentes o numero de desesperados que se atiravam à passagem de comboios, aumentaram de uma forma exponencial, este fenómeno tocou particularmente nas classes mais jovens.
O professor Haefner psiquiatra encarregado do estudo declarou “ os que pensaram em ajudar os sujeitos fragilizados a não passarem das palavras aos actos, difundido aquelas imagens enganaram-se redondamente. Acreditar que existe algum efeito profilático de imagens tristes para sujeitos fragilizados é o mesmo que acreditar que imagens de brutalidade, podem fazer algum efeito benéfico em pessoas violentas: O espectáculo da brutalidade não faz mais que encorajar a violência. O mesmo se pode dizer da pornografia.
Se esta série aparentemente acabou por não servir os propósitos a que se destinava, não tenhamos duvidas a televisão nos dias de hoje é uma máquina ao serviço do sistema.
As noticias os documentários as séries são estudadas para produzirem efeitos bem precisos. Como forma de alienação ou como lavagem cerebral a “santa aliança” entre magnatas da comunicação e jornalistas de esquerda está ao serviço da nova ordem mundial.
Não devendo aceitar que os imperativos comerciais visando apenas e tão somente o mercado de consumo, se sobreponham ao interesse da colectividade, inibindo a criatividade, o pensamento crítico e a politização das pessoas, alem do mais, é nesse terreno fértil que brotam os políticos corruptos, oportunistas, e por extensão a falta de políticas públicas que dêem respostas às necessidades, tais como: Saúde, Emprego, Habitação, Cultura e Educação.
Não devendo aceitar que a ditadura do politicamente correcto, a censura por omissão se sobreponham ao dever de informar correctamente e ao livre debate.
A televisão entra em nossos lares ocupando, muitas vezes, um lugar de destaque na sala ou nos quartos invadindo a nossa intimidade, a nossa privacidade. Ela funciona como uma lente que amplia uma realidade existente ou pré-existente, fazendo com que tenhamos uma visão próxima dessa realidade ou que passemos a sonhar com el
A televisão – cada vez mais moderna, constrói um imaginário aguçado no seu telespectador fazendo com que este, crie expectativas sócio culturais e fique hipnotizado pelas imagens apresentadas no ecrã, tornando-nos um consumidor da cultura mundial. O homem tem dificuldade em similar e diferenciar o mundo ficcional do mundo real.
As razões pelas quais uma pessoa é manipulada pela televisão, talvez sejam as mesmas pelas quais ela se deixe influenciar por uma má companhia, pela ingenuidade, pela falta de conhecimento sobre uma determinada pessoa ou meio de comunicação ou pela credibilidade depositada no outro ou no meio.
Não lhe dizemos para desligar a televisão isto é para se afastar da sua má companhia, mas aconselhamos a que filtre tudo o que ela lhe diz, que medite sobre o que houve e vê. Ainda somos capazes de questionar a veracidade daquilo que recebemos, embora nem sempre saibamos as respostas. Mas, se questionamos, significa que já não podemos ser encarados como uma mesma “massa” ignorante e alienada em que nos querem transformar.

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