quarta-feira, janeiro 02, 2008

FELIZ ANO NOVO


Palavras ocas, ou um desejo sincero? De facto, como é que alguém pode celebrar um feliz ano novo enquanto colectivamente, a Humanidade não rectifica o desequilíbrio que tem vindo a infectar a comunidade internacional como um cancro, desequilíbrio regido e gerado pelo EUA e seu sistema nervoso central, Telavive, que sistematicamente desrespeitam a lei internacional e espalham conflito, desacordo e malevolência em vez de paz e amor?
Apesar do crescimento sem precedentes e da melhoria nas condições de vida experimentados por muitos países do mundo, o abismo entre ricos e pobres aumentou na última década.

Fruto da globalização, as desigualdades mantiveram-se tanto entre os países como dentro das economias nacionais, o que é observado em áreas como emprego, segurança no trabalho e salários.
A violência é outra das causas da desintegração do tecido social e a exclusão, especialmente quando se trata de lutas políticas por poder, terras e recursos capitalismo, vigente há 200 anos, fracassou para a maioria da população mundial. Hoje, somos 6 biliões de habitantes. Segundo o Banco Mundial, 2,8 biliões sobrevivem com menos de 2 dólares por dia. E 1,2 bilhão, com menos de 1 dólar por dia.
Aproximadamente 854 milhões de pessoas passam fome de forma crónica em todo o mundo. Destas, 820 milhões vivem em países em desenvolvimento, 25 milhões são dos países da antiga União Soviética e nove milhões vivem nos países mais ricos. Cerca de 40 mil empresas mandam em 25% da economia do planeta, mas empregam directamente apenas 1,5% da mão-de-obra.
Portugal detém a condição de país mais desigual da UE e de portador de maior índice de pobreza relativa, com um valor que há anos estabilizou nos 20/21 por cento, o que se traduz com dois milhões de portugueses a rendimentos inferiores a metade do rendimento médio nacional, em contrapartida 25% do que se produz está nas mãos de cem pessoas.
Neste momento, o discurso habitual quer do governo quer do capital, quer do próprio governador do Banco de Portugal, e mesmo de muitos órgãos de comunicação social, é que a crise que enfrenta o nosso País exige sacrifícios, mas do que normalmente acabam por referir é sobre a "necessidade de contenção salarial", ou seja, de sacrifícios sim mas apenas para os trabalhadores.
E um dos argumentos mais matraqueados é que a produtividade dos trabalhadores portugueses é muito baixa, procurando assim fazer pensar que a culpa da baixa produtividade é dos trabalhadores. Interessa, por isso, continuar a desmontar este discurso governamental e patronal.
Outro argumento muito habitual no discurso governamental e de algum patronato é que não se pode aumentar os salários porque a massa salarial já é incomportável tendo em conta a riqueza produzida.
Os dados oficiais do Banco de Portugal que estão disponíveis no "site" deste organismo mostram claramente que os baixos salários que vigoram no nosso País têm provocado uma profunda desigualdade na repartição da riqueza produzida em Portugal o transforma o nosso país no paradigma das políticas capitalistas.
Cada vez mais, o papel mundial desempenhado pelo imperialismo americano, com sua atitude predatória ilegal e seguido pelos países ditos democratas, acentua as diferenças, enormemente intensificadas nos últimos cinquenta anos, em consequência da integração cada vez maior da economia mundial. Elas encontram sua mais nítida expressão no próprio imperialismo americano, que procura manter sua hesitante posição hegemónica mundial e seus “super poderes” utilizando sua superioridade militar para contra balancear o seu declínio como uma força económica. Esta política colonialista requer violência militar crescente no exterior e no interior do próprio país.
De país em país, a tão falada “guerra global ao terror” iniciada por Washington como um pretexto para justificar suas guerras de agressão, foi utilizada como um álibi político para enormes crimes. Essa guerra ilegítima serviu como uma cobertura para a repressão de qualquer oposição incluindo movimentos reformistas e nacionalistas
A forma como os regimes burgueses, na Europa, no Oriente Médio e em qualquer outro lugar, se opuseram verbalmente à guerra demonstra que suas diferenças com Washington foram de natureza meramente táctica, baseadas exclusivamente no receio de que seus próprios interesses pudessem ser atingidos. Em última análise, todos eles dependem do imperialismo americano como garantia da estabilidade do capitalismo e um reduto contra a revolução.
As decisões políticas, que estão em directa ligação com os interesses dos ricos e dos milionários, não podem ser tomadas por métodos democráticos. A verdadeira razão para os ataques sem precedentes aos direitos “democráticos” não é a protecção das pessoas contra as ameaças de ataques terroristas estrangeiros, mas a necessidade de ampliar os poderes repressivos do Estado para tentar evitar o surgimento de uma oposição popular.
A classe política corrupta que nos desgoverna não conhece estes problemas, eles vivem noutro mundo…dos seus condomínios fechados não sentem a criminalidade dos nossos bairros (não usufruindo assim dos “benefícios” do multiculturalismo que nos impingiram), com os seus carros de luxo e motoristas particulares não conhecem os “arrastões” que diariamente acontecem nos transportes públicos, com os colégios particulares onde estudam os seus filhos, não imaginam as condições degradantes de muitas das escolas públicas e da insegurança de que são vítimas os nossos filhos…é altura de dizer BASTA!
Contra a exploração dos trabalhadores e suas famílias que esta escumalha traidora nos impõe, gritaremos “ Socialismo Nacional é a solução!”

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