sábado, fevereiro 23, 2008

Querem acabar com o pequeno comércio


Um grupo de comerciantes e moradores juntou-se, ontem, no Largo das Ameias, em plena Baixa de Coimbra, para contestar a instalação de floreiras impeditivas do estacionamento. A proibição de estacionar no local, rodeado de unidades de alojamento, restaurantes e cafés, gerou um coro de críticas.

A reclamação já tem cinco anos, garante um dos donos da Pensão Flor, Eduardo Costa. "Um turista, aqui, nem pode descarregar a mala! Já apresentámos propostas à Câmara Municipal de Coimbra e ninguém nos ouve. Ponham aqui parquímetros, que a gente paga!", protestou, junto aos vasos, ainda vazios, alinhados no Largo.

"Esta área garante 5000 dormidas por ano. Estamos a povoar a cidade com turistas e fazem-nos isto?", questiona, por sua vez, o proprietário da Residência Coimbra, José Rocha, que também vive no local. "Precisamos de estacionar 24 horas por dia", defende.

A indignação é comum a Daniel Folhas, responsável por uma tipografia "Devia haver estacionamento, pelo menos, para carga e descarga. Não vou descarregar papel para a beira do rio!", desabafa. Diz ainda ter a certeza de que as floreiras recém-implantadas, tal como as antigas, "vão ser reservatórios de lixo". E atira: "Deviam era preocupar-se com a vergonha que está aqui". Um problema reiterado por outras vozes: "É só marginalidade e prostituição. Se querem pôr isto bonito, que comecem pela segurança!", diz uma comerciante, que pede o anonimato. Eduardo Costa concretiza: "Isto serve de casa de banho, por vezes há fulanas nuas deitadas no chão...".

A missão é claro e não é impossível, tudo fazer para prejudicar o comércio na baixa. As grandes superfícies agradecem. Quando for preciso mudar a imagem elas lá estarão para ajuadar.
Os carros não podem parar mas as “meninas” e os “jovens” são bem-vindos.

1 comentário:

Anónimo disse...

---» Olha que novidade!
---» Toda a gente sabe que a União Europeia trabalha para as multinacionais...