quarta-feira, fevereiro 13, 2008
Encerramento de urgências em ritmo lento
A ministra da Saúde, Ana Jorge, já tem uma resposta no que se refere ao encerramento das urgências hospitalares, garantindo que primeiro serão criados meios alternativos para os cuidados de saúde e só depois se avança com o encerramento das urgências.
A Ministra nunca me enganou. Sempre soube que vinha com novas ordens, acabar com o SNS mas de uma forma mais lenta; enfim acabar com a contestação.
No que toca aqui à zona os factos e intenções demonstram cabalmente o que acabei de dizer.
Chamar urgências ao serviço que temos em Cantanhede é uma ofensa aos cantanhedenses e um exercido de magia que pode resultar mal. O que funciona em Cantanhede é um serviço de consulta que nem que nem está aberto 24 horas, onde não são atribuídas prioridades e a filosofia é encaminhar tudo para Coimbra, não serve a região de influência, trabalha mal, para não dizer pessimamente.
Na Anadia a ministra quer trocar as urgências por serviços que à muito deviam estar no terreno. è o mesmo que dizer não te dou de comer todos os dias mas de vez em quando vais ter uma refeição especial.
As urgências de Anadia e Cantanhede são fundamentais para a zona, pois para além de evitarem que muitos doentes tenham de recorrer aos já saturados hospitais de Coimbra e Aveiro, são um garante para a saúde das populações uma vez que o socorro é feito num local que pode ter muitos mais meios que uma ambulância, por um medico que está no local e não por um que tem de vir de Coimbra. Nunca por nunca devemos esquecer os mais desfavorecidos que para além de perderem certamente um dia de trabalho por se deslocarem a Coimbra ainda tem que arranjar sabe-se lá como dinheiro para a viagem de volta, mas nestes o poder politico pouco ou nada pensa, sobretudo porque têm um bom carrinho à porta ou moram mesmo numa grande cidade com um bom serviço de urgências por onde podem entrar pela porta VIP.
O povo da Anadia não vai aceitar o presente envenenado do governo, o mesmo devia fazer o povo de Cantanhede.
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